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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

21º Dia


As aulas estão acabando - finalmente. Pra quem não lembra, eu sou professor e mesmo assim sou feliz, hehe. Sou feliz por trabalhar com meu intelecto, não ganho mal e não trabalho como escravo. Antes que alguém ache que tenho a vida ganha, me permitam narrar alguns detalhes dela.

Lembro que quando tinha 13 anos, idade em que comecei a trabalhar limpando pátio dos vizinhos e conhecendo o valor do dinheiro, tinha convicção que desenvolveria uma carreira profissional voltada às ciências humanas. De fato, pendia entre jornalismo e direito. Depois de uma conversa com meu pai, aprendi que direito eu teria de fazer mais coisas que iriam de encontro a meus princípios do que jornalismo. Por isso optei pelo segundo.

E assim foi. Aos 17 anos estudava jornalismo e aos 19 cursava Letras Português em paralelo para aprender a escrever bem. Aconteceu que entrei para o serviço militar, estudei um pouco e aos 20 anos de idade eu era Oficial da Polícia do Exércíto Brasileiro. Nada a ver com minha formação, sobretudo vivendo em dias de rescaldos da ditadura. Apesar disso, estes foram tempos fáceis e que me permitiram estudar, fazer muita festa  e ter um bom dinheiro no bolso já no começo da vida adulta. 

Passaram-se 4 anos de milico e eu já não aguentava mais a vida fácil de funcionário público. Sendo assim, me faltava algo do tipo aprender Inglês e cohecer outro país e foi o que fiz: New York City!!! Por minha decisão intempestiva, perdio direito a uma gorda indenização do Exército, comprei uma passagem com validade de 16 dias e fui viajar sem falar uma só palavra que fosse compreendida por outros em Inglês. Só assim, na necessidade, eu teria um aprendizado rápido e eficiente. Com 3 mochilas nas costas, com roupas de todas as estações, desembarquei em fevereiro, em meio a neve de 40 cms, em NYC com a cara, a coragem e 2.000 dólares. E foi o melhor que fiz em mnha vida.

Voltei falando um belo Inglês após um ano de experiência, alguns meses na escola e algumas namoradas que foram as melhores professoras. Porém, cheguei em Porto Alegre sem grana, sem emprego e com uma puta vontade de voltar a viver meu sonho americano. Resisti e de emprego em emprego comecei a dar aulas de Inglês numa escola de idiomas. Gostei pra caramba daquilo.

Um problema é que a grana não era boa e, com poucas alternativas e sem condição de voltar pra universidade, fui ser funcionário público outra vez. Na época eu tinha 25 anos e estava longe de me formar em jornalismo. A idade começava a me pressionar a iniciar uma carreira, por isso pus em prática um plano de sucesso: estudar japonês - que era a língua do momento - e entrar pro jornalismo esportivo pra cobrir a copa do Japão/Coréia em 2002.

Enquanto punha em prática o plano, recebi uma ligação telefônica que me convidada pra fazer um teste em um curso Pré-Vestibular de Porto - o maior da cidade. Nem acreditei, mesmo assim fui e fiz o teste. Passei e aos 27 anos troquei o curso de jornalismo na penúltima fase pelo curso de letras Inglês. Passei pelo mestrado em Linguística, recebi outra ligação telefônica convidando pra dar aulas em um bom curso de Florianópolis e aceitei. Abri meu próprio curso pré-vestibular com amigos, passei por duas especializações - Psicopedagogia e Marketing -, estou entrando no segundo ano da minha escola de Inglês e... NUNCA PLANEJEI NADA DISSO.

Estou longe de ser bem sucedido, mas acho que em breve serei - até pela motivação atual. Mas falei tudo isso por que pensei no início do post em falar sobre o que penso sobre a vida profissional da Claudinha e , só agora percebo, que eu iria perder o meu tempo e gastar o tempo do leitor.

É incrivel como sabemos tudo sobre o passado e não podemos fazer nada em relação a ele. Por outro lado, não sabemos nada sobre o futuro e podemos fazer tudo em relação a ele, mesmo sem o planejarmos. Legal, né?   

Bom findi!           

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