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domingo, 31 de janeiro de 2010

41º Dia

Conheço uma maneira infalível de evitar uma invasão de marcianos à Terra. É assim: convide um marciano pra tomar chimarrão na sua casa no fim de dia. Primeiro que chimarrão é quente e amargo - mas eu não fico sem -, segundo  que vocês vão assistir ao jornal das 7 e das 8 juntos. Não tenha dúvida que ao final do Jornal Nacional o marciano pensará ter assistido ao filme "Alice no país das desgraceiras" e nunca mais pensará em voltar à Terra, pelo menos ao Brasil.

É tanta desgraça e tristeza que chega a ser desanimador - pra quem não está acostumado com isso - pensar em viver num lugar onde só acontece coisa ruim. Tamanho é o festival de más notícias que parece que não há coisa alguma de bom a ser reportado. É foda! Esse foi um dos motivos que me afastou do curso de Jornalismo às vésperas de me formar. É triste, mas notícia ruim é o que vende.

Falo nisso pra, talvez, justificar a insegurança que tem me cercado no mundo pós-Claudinha. Como já foi dito na música dedicada a ela, nos primeiros posts, é preciso sorte na vida e acredito piamente que cada um tem da vida o que merece - tipo lei do Karma. Dessa forma eu rezo agradecendo o que tenho e pedindo não mais do que eu mereço. Me sinto seguro assim e vai ser difícil me surpreender, embora minha vida hoje tenha um pedaço a mais...   

Fico feliz com os comentários e mensagens que recebi em relação aos últimos posts. Empatia é uma coisa que definitivamente habita a web. Em razão da preocupação de todos - e minha também - saibam que a viagem transcorreu perfeitamente bem. Dia nublado, estrada tranquila, média de 80 km/h e três paradas pra xixi, mamá e lanchinho. Às cinco da tarde chegamos a Capão da Canos, nosso destino nos próximos dias: "Spa da tia Ina", é assim que eu chamo a casa dela e é como me sinto aqui: num spa.

Com a família em segurança, de banho tomado e felizes, vamos dormir. Afinal de contas a tensão da insegurança viajou junto conosco, não nas minhas costas, mas no banco do passageiro, do meu lado. Acho que estou aprendendo a me relacionar com ela.

Áh, a Claudinha adorou a viagem. Pelo menos, dormiu o tempo todo, hehe

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

40º Dia

Quando acordei nessa manhã, tava meio grilado. Pensei que tudo estava pronto pra viagem de amanhã e que nada poderia dar errado, afinal viajaríamos no domingo, quando o movimento é menor - apesar do período de festas - e sairemos pela manhã cedinho, depois da primeira mamada, pra dar tempo de viajarmos tranquilos, parando aqui e alí, se necessário.

Só que depois desse pensamento me veio uma curiosidade de saber de onde saiu a insegurança em relação à viagem (vide post anterior). Lembrei, então, que quando eu era pequeno, entre 5 ou 7 anos, eu deitava na cama e às vezes pensava em quando meu pai ou minha mãe morresem: como eu me sentiria. É claro, nem precisa dizer que aquilo me levava às lágrimas, mas por que pensar naquilo?


Acho que a questão toda passa pelo amor. A gente ama tanto que a menor idéia de perder nos torna temerários, ou algo assim. É justo amar demais, mas daí a projetar o pior... tá beirando a paranóía. Bem, não vou estar curado desse distúrbio até amanhã, embora tomar conhecimento disso seja saudável, me parece.

De qualquer modo - louquinho ou não - vou fazer minha primeira viagem com minha família. Já sei que o percurso vai ser feito como foi o trajeto da maternidade até em casa depois que a Biquinha nasceu. Foram os 10 kilometros mais longos e demorados que eu dirigi, mas chegamos em casa sãos e salvos, apesar da ansiedade.

Amanhã, com certeza, vai ser legal. E agora eu tô um pouco menos grilado... 

Depois eu conto como foi, tá? 

 Té!   

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

39º Dia


Existe um bichinho que corrói nossa mente chamado: insegurança. Talvez ele não atrapalhe você ou, talvez, ele atrapalhe e você nem saiba. De qualquer modo, ele nos faz sermos o que não gostaríamos de ser, embora deveríamos... eu explico.

Se tem uma coisa que não me movimenta, essa coisa é o medo. Porém, descobri que sentir medo é algo circunstancial - como quase tudo na vida. Tipo, vamos viajar em dois dias e eu tenho "medo" que nessa viagem possa acontecer algum acidente. Acho que não é paranóia, nem mal agouro, mas é algo que passa pela minha cabeça.

Em qualquer momento da vida, fazer uma viagem de 350 Kilometros, ainda que seja pela bosta da BR 101, não representa nada de mais, pois é só dirigir com cuidado e evitar a ansiedade que tudo vai dar certo. o problema é que agora tenho uma ilustre passageira à bordo que merece todo o cuidado possível.

A passageira tem uma cadeirinha especial - que de tão especial levei horas pra descobrir como fixá-la no banco do carro com o cinto de segurança - e viaja com uma acompanhante a seu lado. Na frente vai um motorista atento e super prudente. Até ai tudo bem, mas e o medo de algo dar errado/

O carro tá todo verificado: freios, pneus, amortecedores, enfim. Então, se parece que tudo está em ordem , de onde sai o receio de algo dar errado?

"Bendita cabecinha que não pára de pensar
assim como tem me incomodado
com certeza, até a estrada
você vai me tranquilizar"

Criei um mantra, hehe

Depois eu conto pra vocês o que vai acontecer, ok?      

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

38º Dia


O que o Natal significa pra você? É legal pensar sobre um dia como o Natal que mobiliza a muita gente. Nesse dia, tenho certeza, muitos se sentem realmente felizes e estou igualmente certo que outro tanto de pessoas não tem muitos bons motivos pra se regozijar - gostou da expressão?

Particularmente, penso que Natal independentemente do aspecto religioso é um dia de reflexão. Por que? porque é um dia em que muita gente se reune pra comemorar e, na grade maioria dos casos, sorrir, brincar, se divertir e confraternizar - e eses são todos sentimentos bons o que acaba gerando uma energia muito positiva em torno dessa data.

Perceba, leitor, que eu me refiro ao dia e não aos dias e horas que antecedem essa comemoração - esses são recheados de estresse. E, tenha certeza, que acredito em energia positiva quando falo nela.

Por outro lado, a reflexão que esse dia enseja leva algumas pessoas à depressão. Quer seja por lembrar de entes que já não estão entre elas ou por não estarem no momento mais feliz da vida pra poder dividir alegria com outros... o que sei é que são muitas, também, as razões que fazem a gente se sentir um pouco triste nesse dia.

Onde quero chegar? Quero pensar em todos os leitores. Felizes ou entristecidos nessa hora, pra dizer que a vida é bela, por mais que haja dias em que essa beleza esteja um pouco escondida. Tem uma analogia que sempre fiz em relação à felicidade que diz que a felicidade é como sol, pois está sempre lá, basta esperar um pouquinho que ela já volta. Bom pra quem é ansioso...

Quanto a nós, tenho todos os motivos do mundo pra refletir e me sentir feliz como nunca. Embora estejamos apenas eu, minha mulher e a Claudinha em casa - o que pra alguns é chato porque não há um aglomerado de pessoas juntas - estamos super felizes e tranquilos, passando o dia e a noite que gostaríamos de ter. Uma lasanha de palmito, uma cervejinha gelada e muita paz. Áh, e também amor, hehe 

Feliz Natal pra todos!!!   

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

37º Dia


Uma gravidez bem planejada, assim pode ser resumida a nossa. Sabe por quê? Bom, no fim do ano passado, nos brincávamos de fazer um filhinho que nascesse no fim de novembro - isso não é novidade pra quem é assíduo no blog - para que esse eventual filhinho pudesse desfrutar das férias escolares (já que sou professor e minha mulher acadêmica de Serviço Social).

Não só as férias nos atraiam, mas também o calor do verão, uma vez que parece que tudo é mais fácil longe do frio. O que fizemos, então? Fomos ao carnaval na avenida e, pelo que parece,  nossos plano foi bem sucedido. Como muitos bebês brasileiros, nossa filha é fruto do carnaval - que dizem é o período mais fértil do país.

O problema que acabamos enfrentando por causa do calor tem sido bem cruel conosco e, principalmente, com nosso biquinha: brotoejas e assaduras.

Alguns defendem que Hipoglós resolve se for colocada logo após a troca de fraldas e, por isso, foi o que fizemos até alguns dias atrás. Mas não deu certo. Trocamos a pomada por uma a base de água e de novo as assaduras não iam embora. Sabe, isso é simples mas chateia pra caramba, justamente porque é simples.

Houve, aqui em casa e também na casa da sogra quem sugeriu - assim como Funchicórea pra cólicas - o uso de algo bem simples e barato, mas que soava meio "simpatia", sabe? Pois é, as mães defendendo o uso de amido de milho ao invés de tudo mais. Nós, ou mais precisamente eu, acreditávamos que a ciência e a tecnologia estavam acima do conhecimento popular... 

Enfim, o resultado mais eficaz pra resolver problemas de assuduras - em menos de uma semana: Amido de milho e não precisou nem ser maizena. Uma marca barata fez todas as dobrinhas ficarem sequinhas e a bundinha de meu amor voltou a ficar branquinha.

É, amigos, ponto pra tradição. Não que a tecnologia deva ser ignorada, nem de longe. Mas não podemos  deixar de ouvir os mais antigos, ou melhor, mais experientes.

Obrigado avós e avôs, vocês são o máximo!!! (eu um dia quero ser como vocês)   

Boa noite!

domingo, 24 de janeiro de 2010

36º Dia


Bixo, qual o seu nick name? Sim, você deve saber o que isso significa, basta ter orkut, msn, facebook, twitter ou  qualquer outro contato em redes de relacionamento. Pra quem tá por fora, o nick é o apelido que quase todas pessoas usam quando estão disponíveis online. Falo disponíveis porque muitos estão virtualmente na rede e nunca estão de fato online.

Falando nisso, minha filhinha - com muito orgulho - é fruto de relação online. É, o orkut não funcionou só pra mostrar fotos, mas pra conhecer alguém que eu amo de verdade. E eu sempre pensei que quem se relacionava na rede era só porque não tinha chances de se relacionar com alguém pessoalmente: PURO PRECONCEITO!

Aliás, defendo até hoje que o melhor meio - mais seguro, econômico e efetivo - de conhecer pessoas e de se relacionar com elas é o ambiente vitrual; depois você evolui pro real. Assim que tiver tempo de relação e, sobretudo, confiança.  

Mas falava de nick name... o meu sempre é o mesmo: edugafanhoto. Falando sério, não há nada de excitante ou sensual  em se chamar edugafanhoto, mas mesmo assim conheci algumas pessoas legais até conhecer meu atual amor. Ela se chamava: "de blusinha branca", bem sugestivo. Eu, o velho gafanhoto.

Pasaram-se três anos e nossa filhinha não tem nome composto como o pai: Carlos Eduardo. Esse nome, aliás, me possibilitou uma série de apelidos ao longo da vida. Já fui chamado de Negão, Fischer (sobrenome), Gafanhoto, Gafa, Neco, Nika Costa... um monte. Só por ter dois nomes e não um único - o que facilita a vida, eu acho.

Minha filha é Claudia, sem acentomas é chamada, em trinta e seis dias de vida, de: Biquinha - apelido oficial; Tica-tica -  quando acorda sorrindo; Lili lindinha - quando está nos braços; Sherekizinha - quando arrota depois do mamá; Macaquinha Jequisa - quando acorda no meio da noite com cabelinho erguido e suada; Cabritinha - quando dá uns gritinhos parecendo uma cabritinha; Gói gói - quando tenta dizer que está querendo dormir; Titi - quando faz carinha de quem fez cocô; incomodinha - quando chora sem lágrimas por nehuma razão aparente, senão mãnha; Molozinho - quando tá pra dormir; Didi pedalada - quando fica agitando as perninhas pro ar e, finalmente, Bolinha - quando dá vontade de apertar, apertar, apertar... 

Como a gente vê, não só nomes compostos "sofrem" com apelidos. Acho, agora, que o nome não tem nada a ver com o número de nicks. Acho, sim, que o carinho que a pessoa recebe... De qualquer modo, no nosso caso, ela vai seguir sendo chamada do jeito que o momento adequar - e eu sou o principal responsável por isso. E, pior, seguirei sendo, porque não consigo parar, hehe

Bjos, pras minhas Biquinhas!!!                

sábado, 23 de janeiro de 2010

35º Dia


Sabe quantas vacinas um bebê recebe antes de completar um ano? Eu não sei o número certo, mas sei que são várias. Dai eu me pergunto: a quantidade de doenças aumentou? Ficamos mais frágeis em relação às doenças comuns? Ou estamos mais imunes do que nunca? Também não sei, mas acho que toda essa prevenção é benéfica.

Pais de primeira viagem temem a todo sinal de que algo estranho com a saúde do bebê esteja acontecendo. Ao primeiro choro diferente já surge um grilo na cabeça: "caraca, o que tá pegando?" - é minha primeira reação quando em segundos a Claudinha decide trocar um sorriso por um choro compulsivo. É claro que depois que o choro passa volta a razão pra me deixar perceber que não era nada demais, mas até a razão  voltar...

Penso que estamos nos acostumando com o que diz respeito à saúde e, com certeza, na medida em que o tempo passa, aprendendo muito e rapidamente. Dizem que a gente relaxa já no segundo filho, porque até lá muito vai acontecer. Acho que é verdade.

De qualquer modo, seguimos respeitando e ouvindo atentamente às enfermeiras que aplicam aquelas injeções pontiagudas - que chegam a doer no próprio pai que vê aquela agulha entrando na coxinha do bebê -, ao pediatra, às mães e pais mais experientes e, também, lendo todos os sites e blogs que falam sobre como criar os filhos.

Um dia ficaremos experts no assunto e,então, poderemos pensar em aplicarmos nosso conhecimento em um projeto chamado "Claudinha II".

Quem sabe???  

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

34º Dia


Você sabe o que é hedonismo? Segundo o Aurélio, hedonismo é a "doutrina moral que considera ser o prazer a finalidade da vida". Sempre fui  seguidor desta filosofia, embora só há pouco conheci esta palavra. Sabe o trinômio sexo, drogas e rock and roll? Elas não são literais, mas representam o prazer que regeu minha geração e simbolizam  o puro prazer.

Outro dia ouvi Paulo Coelho falando sobre seu parceiro Raul Seixas e ele dizia que Raulzito só fazia o que queria e, portanto, o que lhe dava prazer. Eu fiquei pensando: como um cara que teve dois ou três filhos poderia ser assim tão hedônico na vida. Ou seria egoísta? Não, não é manifestação de inveja, mas baseado pela experiência que estou  passando, parece impossível fazer apenas o que se gosta ou, melhor, buscar prazer nas coisas sendo pai ou mãe.

Não afirmo aqui que ser pai ou mãe não dê prazer; muito pelo contrário. Porém, romper com uma vida ligada ao prazer pelo prazer e abdicar de repente disso não é nada fácil. Às vezes causa sonhos - pesadelos - e lembranças. Falo, por exemplo, de fumar, beber com amigos num bar até altas horas, ir a um festa sem preocupação de horário ou, simplesmente dormir até mais tarde num dia de chuva - sem nem ligar pra avisar sobre o atraso ou falta. 

Alguém pode dizer que eu sou irresponsável ou algo do tipo. Mas esse sou eu. O pai da Claudia, dono desse blog. Um cara que na introdução do blog mencionou uma insistente adolescência que não ia embora... 

Pois é, amigos. O blog procurava, no início, dar boas notícias a esse respeito a mim mesmo. Graças a minha família e a mim mesmo as notícias têm sido boas. Não vivo de passado porque não sou museu e sou amarrado na vida que tenho levado nesses últimos 34 dias. Não tem sido fácil, mas tem sido muito bom e estou bem perto de ser o cara que há anos gostaria de ser. 

Afinal de contas, nada melhor do que curtir bastante a vida e ai, então, começar a viver, hehe! Pai aos 40. Taí... gostei.

Valeu galera!!!   

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

33º Dia


Sempre fui um cara muito previsível, praqueles que me conhecem. Mesmo assim, pratiquei algumas incoerências ao  longo da vida que não soube bem explicar porquê. Por exemplo, praticar vários tipos de esportes durante a infância e adolescência e ter uma vida super saudável e depois, quando adulto, começar a fumar aos 22 anos de idade - e ainda assim praticar os mesmos esportes...

Outro coisa, é o fato de manter uma vida meio nômade dos 15 aos 25 anos - passando mais tempo fora do que em casa e morando em lugares diferentes - e, de repente, aos 27 anos casar e cultivar um espiríto familiar tão nuclear. Quer dizer, família é pai, mãe e filhinhos. Os outros, todos - com maior respeito, carinho e amor - ocupam seus espaços dentro e fora do coração desta família nuclear.


Onde quero chegar é o seguinte: em meu primeiro casamento desenvolvi uma forte família nuclear que viveu junto até quando esgotaram-se seus últimos argumentos e sentimentos, mas sobrou o amor sobre os frutos da relação. Já apresentei aqui o fruto dessa relação: Mary Jane - minha filhinha cachorrinha. Cocker, champagne de quase 13 anos... hoje nos deixou e foi morar com os anjinhos.

Antes de partir, essa cadelinha foi - totalmente ou parcialmente -  responsável pela felicidade e pela manutenção de um forte sentimento de uma igualmente forte família nuclear. Juntos nos supríamos, brincávamos e nos divertíamos de modo suficiente - e hoje consigo entender bem melhor o que tento explicar aqui. É impressionante o poder dos bichinhos. Não de todos, mas de alguns iluminados.


Como em outro dia a terra ficou mais colorida. Hoje ela perdeu uma corzinha. E da mesma forma que muitos eram mais felizes com a presença dela por onde passou, hoje vários estão bem tristes. De consolo serve a lembrança do brilho que ela emanava por onde exibia seu reboladinho. Agora, ficam as saudades que só não são maiores porque todos nossos momentos foram bem vividos.

O céu tá mais bonito. 

Obrigado por tudo minha nenê amada. Por sorte tu teve uma mãe corajosa e dedicada que te acompanhou até tua última hora. E todo mundo sabe, também, que poucos cachorrrinhos nesse mundo foram tão amados quanto tu foi - e seguirá sendo...

Faz, aí no céu, o que tu fez quando chegou lá em casa: rói tudinho por ai, tá? 


Só de brincadeira. E saiba que tu maninha vai saber tudo sobre ti. Pelas fotos e pelas histórias. E saiba também que tu ajudou a me ensinar o real significado da palavra amor.  


domingo, 17 de janeiro de 2010

32º Dia


O que você diz ou dirá pro seu filho(a) se ele perguntar se papai Noel existe? Pois é, irmão, estamos há uma semana do Natal e me pergunto o que dizer se tiver que responder a esta pergunta nos próximos anos.



pequena, média e grande...tudo a seu tempo

É claro que ainda não é hora de pensar realmente nisso, alguém pode dizer, mas juro que há bastante tempo penso sobre o que eu direi, porque por essa resposta passa o grau


de ternura de minha filha. E ternura é, sim, algo bem importante de ser preservado. Eu acho.

Por exemplo, será que minha filha vai brincar de boneca aos 13 anos? Não sei, mas gostaria que sim, pois se eu quero uma filha esperta - não malandra - também quero uma filha que acredite na vida e nas pessoas e que não duvide do mundo.

Brincar de boneca aos 13 anos, crer em Papai Noel ou coisas do tipo, são importantes na medida em que garantem uma coisa fundamental pra todas as crianças: a infância. Dessa forma, se depender de mim, minha gatinha não vai ser criança pra sempre, mas pra sempre vai ser minha criança, crescendo e vivendo seu tempo e sua idade.

Acho que se isso acontecer ela vai ser muito mais feliz, muito menos ansiosa e eu um pai muito mais orgulhoso e tranquilo por ter feito um ser humano viver com intensidade aquilo que nos parece ser mais valioso: nosso tempo de vida.

Então, acho que direi pra ela que Papai Noel existe no coração de cada um de nós, pois, no fundo, acho que é como todo mundo gostaria que fosse. 

Deixem todas as crianças ser o que elas podem ser de melhor: CRIANÇAS, tá?


Valeu!


 
   

sábado, 16 de janeiro de 2010

31º Dia

Você vive um vida regrada? Cheia de "hora pra isso" e "hora pra aquilo"? Se sim ou se não, experimente pensar o que seria uma vida cronometrada. A cada três horas você deve atenção exclusiva pra alguém. Mesmo que esse alguém seja MUITO especial, essa rotina não é muito fácil.

Há três anos atrás

Vejamos, por exemplo, na hora do almoço. Você amamenta seu bebê, ele dá uma dormidinha e quando você vai dar a primeira garfada  - com ele no carrinho a seu lado - o bebê ensaia um chorinho que em seguida pode se transformar em um chorão. É porque as três horas as quais me referi no início do post são pra amamentar, mas não querem dizer que as horas nesse meio tempo seja bem previsíveis. No caso do almoço, até parece que são, hehe.

O blogleitor pode achar que isso não significa nada, que o amor pelo bebê é mais importante, e você estará certo. Porém, pense no sexo, então. E tudo bem, nem precisa ser de dia. Pode ser no meio da noite com o bebê ferrado no sono. Já tentou? Se você tem um bebê e ele não esfriou uma prática meio apressada, então você tem muito sorte. Se você não entende bem o que eu falo...entenderá um dia. Tomara!   

Esse post, contudo, não traz uma reclamação. Em absoluto. Ele reafirma uma questão central nessa relação. O bom uso do tempo. Eu, pra você entender, estou gastando meu tempo agora escrevendo esse texto e tentando esquecer daquilo que há pouco tentávamos fazer, que é bem gostoso e meio raro num casal com bebê recém nascido... Se é que você me entende?!

Vou agora tomar um banhinho, pra relaxar.

Té mais! 

  

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

1º Níver


Há mais ou menos 10 meses o mundo começou a mudar e há um mês ele definitivamente está mudado. E mudado pra melhor, mais desafiador, mais arriscado, mais difícil, mais responsável e muito mais feliz. Posso apontar pelo menos 10 pessoas que são muito mais felizes hoje depois do nascimento da pequena: eu e a mamãe, nem se fala.

Sabe? O tempo de fato voa. Principalmente quando a gente faz o que gosta. E pensar que uma das minhas maiores preocupações antes de ela vir ao mundo era saber se eu iria gostar dessa idéia de paternidade. Quem acompanha o blog há alguns posts, sabe o bem que isso me fez. 

Nesse exato momento em que escrevo - 23h17 -, ouço uns resmunguinhos no carrinho ao meu lado. Parece que vem choro por ai, mas até isso já se tornou uma musiquinha tão tocada aqui em casa que, com certeza, daqui há alguns poucos anos vai ser lembrada com saudades. 

Outro dia, aliás, me disseram que a melhor maneira de diminuir as saudades do futuro é gastá-las no presente. Por isso amigo, curtir uma troca de fraldas, um banho na banheirinha ou aquecer uma mamadeira no meio da noite, passam a ser coisas muito mais legais do que cair na balada, bebendo, fumando e dançando até de madrugada - e eu que pensava que não havia coisa melhor do que isso há bem pouco tempo!?

Ser pai, por fim, é um esporte dos mais radicais, porque requer coragem, estratégia, preparo físico e psicológico e muita resistência. Essa jornada não é uma competição, embora somente a vitória interesse. Por isso é muito bom comemorar ao final de 30 dias. Afinal de contas tenho uma filha linda, sou bem casado, deixei o resto da minha adolescência tardia em algum banheiro qualquer, nem lembro como é que se fuma e  corro 6 km todos as noites... áh, e trabalho pra caramba todos os dias.

Há anos não conseguia pensar em ser feliz assim. Por isso acho que sou um vencedor.        

"Parabéns pra você
nessa data querida
muitas felicidades

muitos anos de vida!!!"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

29º Dia

"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". A frase célebre de Che Guevara, em parte, vale pra que tem um bebê recém-nascido em casa, em função de que muitas vezes as decisões tomadas em relação a essa "bolinha" pequenininha parecem cruéis e às vezes são cruéis - pelo menos para os pais.



nem sempre a vida é tranquila assim

De repente seu bebê acorda no meio da noite, por exemplo, chorando baixinho. O volume vai aumentando, aumentando até virar uma reclamação pública de que algo está acontencendo. Mas o que está acontecendo???

Há vários sites especializados - o primeiro recurso caseiro moderno de tirada de dúvidas - que apontam cinco, sete e até dez razões para um bebê chorar, o fato é que não está postado no site de consulta qual deles é responsável por fazer os pais tontos de sono girarem feitos bôbos, naquele momento, ou a qualquer hora do dia...ou da noite, hehe.

Então, o bebê chora, bravo e decidi não parar por cerca de alguns minutos - e até derrama algumas lagrimasinhas minúsculas, mas lágrimas que te enchem de pena - e vc não tem idéia do porquê. Pare, deixe ele chorando por alguns segundos - seja cruel e forte - e pense: o que foi que vc deixou de fazer ou pode estar acontecendo???

Conheça um check list infalível para diagnosticar por que seu bebê está chorando:

Fome - quando foi a última mamada?
Higiene - tá xixí ou cocô?
Temperatura - o bebê tá confortável?
Carência - tá fazendo manha?
Problema - é cólica?

Bom, e a crueldade? Onde está o "hay que endurecerse ..." ??? Bem, se vc consegue ser racional a ponto de usar o check list parado, pensando, enquanto seu filhinho ou filhinha chora e grita sem parar, sem dúvida é cruel e frio; sem com isso ser mau. Acho até que vc deve ser um bom pai ou mãe ou já está no segundo ou terceiro filho.

Quanto a nós. Ainda não conseguimos ser frios nem cruéis o suficiente a ponto de sermos inteligentes o bastante pra não nos irritarmos - às vezes - nem sofrermos com o chorinho contínuo. Por sorte nossa pitika é tranquila, mas bem que de vez em quando eu gostaria de ser mais inteligente. Talvez... um pouco frio... ou cruel, hahaha!

Qui dureza, amigos!!!   



  

domingo, 10 de janeiro de 2010

28º Dia


Qual é a melhor idade para as mulheres se tornarem mães? Essa pergunta foi feita no blog e com a ressalva de desconsiderar os aspectos biológicos que a envolvem. Embora poucas pessoas tenham participado, o resultado de 50% das participantes foi na faixa dos 35 aos 40 anos. Surpreendente? Acho que não.

Sabe, nossos tempos são tão rápidos e a ascensão das mulheres a mais e melhores postos de trabalho é tão evidente que elas parecem não querem retardar o melhor momento da vida profissional e acadêmica pra estudar, se inserir e se promover no emprego. E isso é puramente plausível e, até, lógico.

Mas se essa mesma pergunta fosse feita pros homens. Qual seria a resposta. Acredito que os percentuais entre os homens seriam os mesmos das mulheres, porém os motivos diferentes. Em relação aos motivos, quero ter um tempo pra pensar um pouco mais e também permitir ao blogleitor que reflita sobre o tema e se manifeste, ok?

Eu apenas gostaria de alimentar o fogo da dúvida com o fato de a falta de maturidade ser um fator determinante de sucesso do pai, como pai, da relação e, principalmente da própria criança. Afinal de contas, qualquer desequilibrio neste triângulo pode gerar graves sequelas num futuro próximo das partes.

O que realmente quero dizer é que tudo é muito bonito no mundo das fotos e vídeos, mas que o dia a dia, ainda que regado de muito amor é difícil, às vezes, e... haja controle. Por isso, pensar que um homem e todos seus hormõnios da juventude conseguem segurar um barra de ser pai e querer ser um bom pai é MUITO DURO além de ser uma tarefa hercúlia (gostou do termo?). 

Porque, como você sabe, fazer um filho ou "treinar" incansavelmente é a melhor parte da festa e não requer  paciência, dedicação, traquilidade, cumplicidade nem, necessariamente, amor. Sendo assim, amigo, se você ainda não "produziu" um serzinho humano, pense bem - muito bem - a respeito.

Acima da sua idade estão sua maturidade, seu desejo, condição financeira e principalmente situação psicológica. Se voce achar que seu check list está completo e o da sua parceira também, então parece que você está pronto para se tornar pai.

Boa sorte!!!      

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

27º Dia


Você já deve ter ouvido que enquantos os pais educam os avós deseducam, certo? Não sei se isso é verdade, pelo menos ainda - tampouco sei se o verbo deseducar existe - apenas sei que a avó dessa gatinha parece que vai "deseducá-la", no bom sentido, claro.

Bom, pra começar a conversa, vamos a um breve histórico da vó "Sassá". Ela, assim como meu pai, há muito queriam netos. Quando digo isso não afirmo que seja obrigação de um filho presentear seus pais com netos apenas pq eles assim querem, mas, digamos que é um belo presente - sobretudo quando é dado em vida. De qualquer forma, já no dias iniciais dias do meu primeiro casamento eu recebera um sapatinho de bebê como presente. Não sei se havia um tipo de "trabalho" no sapatinho, mas se havia, era fraco pois não vingou assim como o casamento. 

Imagino a frustração da mãe ao ver o filho mais velho e casado não ter tido sucesso em sua relação. Isso, além de tudo, implicava no retardo do nascimento do primeiro neto. Meu outro irmão, também já era casado, porém parecia que iria levar mais algum tempo até conceber um filhinho. Pra piorar, dos oito irmãos de minha mãe - quase todos com oito filhos, em média - não faltavam netos e até bisnetos. Como desgraça pouca era bobagem, meus primos, mais novos que eu e meu irmão, também já carregavam crianças no colo.

Todo esse cenário não me aborrecia, exceto pelo fato que era evidente o interesse da futura avó por seus netos. Como você já sabem, eu aos 39 anos e 44 segundos do segundo tempo dei essa honra pra ela, contudo três anos antes meu irmão já tinha dado a ela essa felicidade - o que me tirou uma grande carga dos ombros. Ele teve um menino e eu uma menina. Agora esse casal é o motivo de orgulho daquela que levou anos pra ser chamada de vó e que tem mais muitos anos pra exercer essa função e, até deseducar nosso filhos, por que não?

Afinal de contas, essa netinha foi feita também com a receita secreta de amor da vó" Sassá". E por isso ela PODE.    

Gde abraço a todos!!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

26º Dia

Se o blogleitor é homem, certamente já ouviu falar de cólicas, sobretudo as menstruais que trazem sofrimento pras nossas mulheres, postergam o sexo e parecem ser bem doloridas. E quando essas cólicas atacam um bebê de 25 dias??? Ele chora sem parar e você quase enlouquece. Foi ai, nesse momento que o "Super-papo", apelido que minha pitika ainda não me deu, se desesperou.


De fato amigos, nada é mais triste do que a sensação de impotência para defender um ser tão pequenino, submisso e completamente indefeso. Não quero aqui retratar uma cena comovente, mas um bebezinho derramando lágrimas de olhinhos tão pequenos, vivos e branquinhos: entristece qualquer pai.

A mãe, a parceira mais fiél e presente, é que mais sofre com o cenário, mas, forte, parece bem mais preparada do que o pai que se diz "super". Graças à ciência, é possível ir até a farmácia, comprar um  remédio baratinho e resolver o problemão. Algo de nome parecido com fumo de chicó - depois aprendi que é funchicória -  resolve. Pelo menos resolveu.

E a família voltou a sorrir tranquila. Sim a família, porque os sorrisos involuntários da pitika parecem mais decididos a alegrar os pais quando surgem nos seus lábios. 

Na verdade os sorrisos são mais frequentes quando o pai está por perto, mas isso não contem pra ninguém, tá certo?

Que bom que a paz fugiu de casa apenas por algumas horas e já voltou.

 Viva a supermãezinha! Viva o Super-papo! Viva o fumo do chicó, hehe!!!
  

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

25º Dia


Olá, olá, olá, amigos blogleitores!!! Felicíssimo 2010 pra todos - algo parecido com o meu, hehe!!!

Como não é novidade alguma, os posts estão sendo escritos com alguns dias de atraso. Quem tem filho pequeno, sabe um pouco o porquê (não sei se é escrito assim???). De qualquer modo, todas as impressões são passadas fielmente de acordo com o tempo de cada uma.

Estivemos fora do ar por alguns dias em razão das festas de fim de ano, mas temos MUITA coisa pra conversar de hoje até muito além.

Uma das coisas que mais me chama a atenção é a perfeição da natureza; a qual já chamei de "Deus dá o frio conforme o cobertor", porém indevidamente. Por exemplo, o fato de o organismo da mãe produzir leite na mesma proporção do consumo: é democrático ao extremo, na medida em que a mãe se alimente e beba água. É claro, sem beber fumar e cuidar o que come pra não afetar o bebê. 

Outro fato, ainda anterior, são os nove meses de "preparação" que os pais tem antes de receber seu bebê. É certo que alguns os recebem antes, mas mesmo assim tem tempo de se acostumar com a idéia e para pensar que estão preparados - pelo menos pensar.

De todas as coisas tem uma que me surpreende e me alucina: o poder milagrosa da MÃE NATUREZA. Só ela consegue fazer de um pai feínho - e uma mãe linda - uma criança linda que tenha puxado ao PAI. Esse é o milagre que me foi destinado... Quer melhor???  

Quanto ao cigarro: nem lembro o que é fumar, nem me imagino fumando e nem sei por que um dia fumei. De novo, temos o velho tempo em ação.

Quanto a adolescência tardia: acho que faz horas que já não sou teen e só eu não tinha visto isto... tudo bem. Mais uma vez o tempo vai agindo e nos fazendo melhores.

No mínimo, mais velhos.

Tô super feliz e espero que vcs todos tbm.

Bjos!!!