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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

51º Dia

Você conhece Capão da Canoa? E Floripa? Pois é, comparar as duas cidades é barra. Estamos em Capão e mesmo a Claudinha sendo mané, foi conhecer hoje o mar... de Capão. Nada contra, mas é um pouco irônica a situação.

Esperamos o sol abrandar e, já que não tinha vento forte, nos preparamos para levá-la à beira da praia. Quem tem filho pequeno sabe que há um kit obrigatório para emergências que deve estar sempre por perto quando a família vai dar um passeio. Montamos, conferimos atentamente o tal do kit e partimos.

Ao chegarmos, depois de descer guarda-sol, bolsa disso, bolsa daquilo e mais alguma coisa fomos desembarcar a peça principal da jornada. Foi nessa hora que descobrimos que ela tinha caido no sono. "Tudo bem, daqui a pouco acorda."

Armamos acampamento e esperamos até a Pitika acordar para tirarmos as primeiras fotos na orla gaúcha. Esperamos. Esperamos mais um pouquinho e vimos que ao longe uma nuvem espessa e escura se aproximava.  Rimos coma hipótese da chuva e nos distraímos para esperar mais um pouco.

Não preciso dizer com todas as letras o que aconteceu, pois aconteceu.  Saimos correndo, fugimos da chuvarada e a Claudinha acordou. No carro pra voltar pra casa.

*Áh, descobri a etmologia da palavra "paixão". Vem de paisanos, do latim, que quer dizer paizão, aquele que tudo faz e que depois de dois meses começa a ser identificado pelos filhos. Essa foi boa, né - hehe - ?

EBA!!! 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

50º Dia

Sou um cara pragmático. Prático e muito pouco teórico. Isso é bom? Não sei, mas tem a ver com minha agitação e ansiedade crônicas. O lado ruim, é que que tenho preguiça de pesquisar o tanto quanto seria necessário sobre tópicos do cotidiano. 

Onde quero chegar é aqui: será que a psicologia aprova os pais que aceitam e mantém a manha dos filhos. Tipo, é correto pegar um bebê no colo quando ele começa a chorar sabendo que ele está trocado, alimentado e sem problema algum de cólica, por exemplo? Pegá-lo no colo quando você acha e tem certeza que é pura manha???

Não sei, por isso questiono e confesso que não fui pesquisar ainda, mas tô curioso pra saber se o que eu acho é senso comum ou se estou errado. Áh, e não venha me dizer pra aproveitar essa época porque ela passa rápido... disso eu sei e aproveito bem nossos momentos juntos, mas não quero deseducar.

Como alguns de vocês sabem, estamos no paraíso de férias. E o paraíso tem muitas pessoas que nos ajudam a cuidar da Claudinha. Sendo assim, podemos curtir o descanso um pouco mais do que nos primeiros dias pós nascimento. Então, quando ela chora, sempre tem uma alma voluntariosa que quer abraçá-la e pegá-la no colo. Quase tudo mundo gosta disso - não todos os dias - , mas muitos adoram.

Nessa cena, destaco o chorinho antes de dormir que tem sido amparado por mãos cuidadosas e macias, dando moral à "nova" manha. Parece que desta forma essas mãos caridosas estão desenvolvendo uma mania - se é que posso chamar assim - em nossa filhinha que nem sempre será possível por nós dois - pais - suprir. Desta forma, como não somos onipotentes nem presentes, como faremos pra acalmar o ânimo de nossa filhinha quando ela quiser, meramente, colinho antes de dormir? 

Devo lembrar que um bebê de quase dois meses dorme uma cinco vezes ao dia e se o "colinho pré-sono" virar moda, nosso tempo pode não ser suficiente pra fazer tudo o que precisamos fazer. Também, nem sempre ao longo da vida estaremos por perto pra embalar o soninha de nossa filha.  

Não sei me expressei direito e tenho certeza que esse tópico merece maiores considerações e opiniões de pais mais experientes ou coisa do tipo. O que tenho certeza é que quero o melhor pra pequena e tenho dúvidas sobre se fomentar "manha" é um bom presente pra quem se ama e pra quem se pretende educar da melhor forma possível.

Desabafei e quero ouvir alguém... Enquanto isso, vou pesquisar na web ou em livros de psicologia. Quem puder ajudar, por favor!
  

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

49º Dia

Você sabe quem escreveu essa frase? "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria". Quem a escreveu foi Machado de Assis, na publicação de 1881 do livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Essa sentença 1000% deprê encerra esse livro que, pra mim, é um dos melhores da literatura brasileira.

Tá e daí? Dai que em momentos de baixa da minha vida, anos atrás, já tinha me apropriado dessa frase, por pensar que de fato pôr um filho no mundo, além de responsa, é algo arriscado demais... Eu explico: o mundo tá violento, cheio de desgraças naturais e novas doenças fatais. Agora mesmo, não pára de chover no Rio e São Paulo e pessoas morrem às pencas...

Ok. Tô sendo tipo derrotista ou pessimista. Mas tô tentando dizer porque pensei como Machado de Assis no passado. Não que eu queira evitar de ouvir um dia: "Eu não pedi pra nascer nesse mundo de merda!", a questão é mais séria. Não quero ter de vivenciar um desfortúnio mais grave de um filho nesse mundo atual. 

Uma das coisas que me faz mais tranquilo é morar em Florianópolis. Em porto Alegre, de onde eu sou, não teria a mesma sensação. Por outro lado, milhares de pessoas moram no Rio de janeiro, por exemplo, sem nunca ter sido assaltadas. Alguns diriam: "Mas como?". Basta sorte, sorte na vida.

Quem conhece a música da Claudinha - mostrada  no post "trilha sonora" - sabe do que falo. Então, amigos, na real acho melhor relaxar, cuidar dela o tanto quanto eu puder e torcer pra que no futuro dela a sorte, também chamada de anjinho da guarda, esteja sempre presente.

Áh, e você não duvida de que o que penso sobre a frase de Machado de Assis é: aqueles eram outros tempos e ele era outro homem, não eu, o Super Papo da Claudinha. 

Eu tenho a forçaaa!!!     

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

48º Dia

Como funciona o seu relógio biológico? É bem acertadinho ou funciona como um G-shock made in Paraguai? O meu acho que veio de algum lugar mais barato do que o Paraguai - com todo respeito - e faz o que quer comigo. 

Já o reloginho da Claudinha parece Suiço. Desde que ela nasceu são 3 horas pra mamar; 1h30 pra ficar acordada e 30 min pra ficar acordadinha pra próxima mamada. Anteontem, porém, ela inaugurou uma nova fase: 9 horas initerruptas de sono. 

Não quis comentar isso antes pra não me antecipar e divulgar uma anomalia. Mas agora ela já repetiu 3 noites seguidas e acho que já podemos "comemorar" essa mudança, afinal de contas ela nos deu noites mais bem dormidas e isso é muito bom.

Bem, caso o blogleitor não tenha realizado, a Claudinha está próxima dos dois meses e tem alterado lentamente seu comportamento, mas cada mudança tem sido uma bela descoberta. Essa última, então, foi muito bem vinda, pois ,dizem, o sono promove o crescimento.

Se isso é verdade eu deveria ter bem mais de 1m e 72cm, mas isso vale somente pros bebês. Pena, hehe.

        minha filha tá ficando grandona

O fato é que perceber mudanças pra quem vive tão perto é difícil. Além dos balbucios, do peso e dos sorrisos mais induzidos, a gente tem mais é amado e amado essa pequena. E hoje, agradecido pelo soninho prolongado. Uhuu!!!

Valeu!
    

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

47º Dia

Estamos no ano novo! Tenho certeza que 2010 vai ser 10, hehe - que piadinha -! Sei que esse é um ano especial, a começar pelas resoluções concebida ontem e futuramente adotadas.   

Esse blog fala iminentemente de tempo, afinal de contas sua proposta é relatar em 365 crônicas os sentimentos que acompanham a mim e minha filhotinha. Sendo assim, não fica muito difícil entender a primeira resolução: ser o mais saudável possível, fazendo exercícios regulares e, assim, sufocar os últimos desejos de fumar. Afinal de contas, eu - por promessa - devo chegar firme e forte até os 75 anos de idade pra participar do 35º aniversário da pequena, pelo menos.

Minha segunda resolução também é sobre o tempo. O tempo que eu devo destinar pra minha família. Como já disse, esse blog é pra falar da nossa relação, mas pra eu ter o que dizer tenho de estar presente nestes primeiros doze meses - e sempre. Aliás, já me arrepia a idéia de ter de deixá-la em uma creche ou coisa do tipo. De todo o jeito, é meu compromisso estar com elas - minhas meninas - o máximo possível pra não perder nada.

Minha terceira resolução, pra variar, vai de novo ao encontro do tempo. Quero coordenar meu tempo de trabalho pra ser eficiente no menor prazo possível. Desse jeito, então, vou ter o bendito tempo de cumprir com as duas primeiras resoluções. E com 40 anos de idade, já tá na hora de eu acertar meu relógio.,Fala sério!

Pois é, amigos. Nem eu tinha percebido a importância desse cara que rege nossas vidas de maneira impiedosa. Porque com ele não tem brincadeira: perdeu...passou. Por falar nisso, com licença, mas vou ver o que o Biquinha quer. Ela começou a chorar e parece que tá me chamando pra ficar com ela, só pra passarmos um tempinho juntos, hehe.    



Té mais tarde!!! 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

46º Dia

Chegamos ao fim de 2009. Um longo, ansioso, mas bom ano. Sempre fiz minhas resoluções de ano novo nesse dia, embora muitas delas tenham sido rigorosamente balelas. Esse ano é diferente.

Aqui, no "Spa da Tia Ina", onde passamos alguns dias de férias, no ano passado esqueci um livro de Empreendedorismo. Nesse livro havia um exercício - bem interessante a todos, apesar de difícil - que pedia  que o leitor projetasse sua vida para os próximos 06 meses, 01 ano, 05 anos, 10, 15 e 20. 

Em princípio é uma tarefa legal, pois "brinca" de prever o futuro, mas se for levada á sério, ela nos mostra como nossa vida é orientada pela música do Zeca Pagodinho que diz "Deixa vida me levar, vida leva eu...". Nada contra essa filosofia, que preserva a tranquilidade humana na íntegra. Mas não serve pra mim.

Enfim, encontrei meu livro que trazia o exercício citado preenchido. Tal foi a surpresa que tive quando entre os objetivos para 2009 estava em primeiro lugar : ter um filho - na tarefa que pedia as prioridades para os próximos 12 meses. Juro que não lembrava de ter escrito isso, embora essa idéia estivesse latente e já tinha sido debatida entre os interessados, não contava com tamanha precisão.

De qualquer modo, não escrevo esse post pra me gabar sobre meu cumprimento de metas, afinal de contas existe, ou melhor, existia algo que constava há anos em minha lista de objetivo ou resoluções para o próximo ano  e acho que muitos leitores sabem do que trata: parar de fumar. 

Pois bem, saibam que no exercício do livro do ano passado esse objetivo estava presente, mas para 06 meses. Errei por 06, mas consegui. Hoje comemoramos não só a chegada de um novo ano, mas o (re)nascimento de um novo homem. Se não novo...bem melhor.

Depois falamos sobre resoluções, ok?








Ótimo 2010 pra todos nós!!! 
  

     

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

45º Dia

Hoje pela manhã eu corria na praia em Capão da Canoa. Quem conhece Capão da Canoa sabe que não se trata do lugar de mais beleza natural do mundo, mas ela tem um charme. Não, não me refiro às donzelas que desfilam de Norte à Sul na areia, mas a um movimento de pessoas diferente do encontrado aqui em Floripa.


O que me chamou a atenção - pela primeira vez - foi ver as pessoas sentadas na beira do mar (crianças, jovens, adultos e velhos), todas juntas,  esperando as ondas baterem em seus corpos , como se eles fossem castelos de areia varridos pelas marolas. Alguns podem pensar : que pieguiçe! mas ali vi o que de melhor se pode esperar de um dia de sol à praia.

Já reparou na dança das familias? É, no zelo que os pais empregam pra distrair e brincar com seus filhos? Cara, então você vê um menininho peladinho correndo pro mar e voltando, rolando na areia - brincando de croquete - sorrindo e pulando as ondinhas que correm atrás dele. Se preferir, você tem a menina de mãos dadas com o pai que aponta pro mar e explica calmamente os perigos que o mar apresenta e como conviver bem com a imensidão azul.

Não sei se você me entende, nem se não estou muito sensível hoje. O que sei é que me projetei naquelas figuras paternas e também maternas pra entender como aquelas pessoas podiam estar tão felizes numa praia tão meia boca como aquela - e olha que me criei lá - num dia quente, embora nublado. Por fim, acho que descobri que o belo não está nos nossos olhos, mas fundamentalmente nos corações.

Ou seja amigo, não busque apressadamente a felicidade, pois nessa busca você pode tê-la ultrapassado e nem teve tempo de vê-la. E isso serve bem direitinho pra mim.

Abraços! 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

44º Dia

Sou sagitariano, embora muito pouco ligado ao zodíaco. O que sei é que as características dos signos são bastante incidentes sobre as pessoas que os compartilham. Tipo, sei que sagitarianos são ligados ao estudo, aos esportes, são idealistas, otimistas e agitados, por essência. Mas isso não quer dizer que outras pessoas de signos diferentes também não sejam assim.

Alguns de vocês sabem que minha filha tinha, inicialmente, a possibilidade de nascer no dia 23 de novembro - dia da semana do plantão do obstetra - e, também, chance de nascer dia 24, no dia do meu aniversário. O caso é que em ambas as datas ela seria sagitariana o que eu não tinha certeza de ser algo bom.

Não, não sou supersticioso nem nada do tipo, apenas sempre associei a idéia de as pessoas do signo de sagitário serem agitadas - confira as que vc conhece -e, sendo assim, a Claudinha iria sofrer do mesmo mau do pai: ser agitata e ansiosa... Que combinação!!! Excelente pra que não gosta de parar nehum segundo.

Quis o destino que ela nascesse de escorpião - o que vamos debater mais tarde. Se isso é bom ou não, na real nunca saberei, afinal de contas só pode ser algo de muito bom, assim como ela é. Mas que é melhor que sagitário... pior não pode ser.


Ou será que é só comigo???  
   

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

43º Dia

Você sofre de ansiedade ou aprendeu a conviver na boa com ela e parou de sofrer??? Eu queria fazer uma grande enquete pra tentar saber um pouco sobre essa bosta. Não creio que eu seja o único a ter essa inimiga, mas gostaria da solidariedade de quem tem a mesma "doença" que eu, quantos são - muitos ou poucos - e, principalmente, como vivem essas pessoas com esse mau.

Quem leu o post de ontem sabe que eu tava puto pela impaciência que mais senti do que demonstrei em relação ao choro da Claudinha, justo num momento em que não havia razão nenhuma ao redor pra me sentir estressado. Na real, impaciência é um dos sintomas de algo maior - que acho - chamado: ansiedade.

Mas por que? 

Viver em um "spa" é bom, como já disse, o problema é que depois que você descansa está descansado e dai, sente que precisa se cansar de novo com algo. Tá bom, fui surfar, corri na beira da praia, mas a cabeça ficou lá latejando idéias que não foram laboradas, afinal de contas ninguém sai de férias pra pensar em trabalho, né?

Pode ser que seja um indício de que eu seja workaholic. Mas como, se ninguém é mais vagabundo que eu - acho que no bom sentido (se é que há) -, gosta de acordar tarde, de ficar de papo pro ar... Santa incoerência! Ser agitado de corpo e mente não é de todo ruim, mas provoca algumas situações de indagação / indignição como a de hoje.

Bom, vou seguir analisando meu comportamento, pra me descobrir mais. Lembrem que aceito e agradeço pelas participações e sugestões sobre o tema. Aliás, se você não sabe, escrever diariamente um blog cronológico - como esse se propõe - provoca uma ansiedade danada. E olha que ainda restam alguns posts.

Apenas 322, pra ser preciso que serão escritos com muito prazer e... alguma ansiedade, hehe

Valeu!!!       

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

42º Dia

A idéia de estar em um spa é boa pra todomundo, sem dúvida. Ela combina com sossego, relaxamento, boa comida e sono profundo. É onde a família Fischer se encontra no final de 2009. A casa da Tia Ina definitivamente é isso.

Nesse contexto, outro dia me surpreendi comigo mesmo a ponto de pensar: eu não sou um bom pai - pelo menos o "bom" que eu gostaria de ser. Basicamente, digo isso porque embora estejamos no paraíso, eu tenha me sentido algo que sempre desconfiei e nunca assumi - mesmo sendo professor - eu sou um cara impaciente.

Em algumas situações, como em uma fila de banco, por exemplo, perco o saco e não me penalizo ou quando uma turma ou aluno ultrapassa o limite do "meu" aceitável, sei ser bem incisivo quando perco a paciência, às vezes até demais. O problema é que quando não havia a menor possibilidade de se sentir estressado, me senti.

Em uma situação comum de choro - não aparentemente explicável - não deve um pai, que ama tanto a filha quanto eu e que a espera há anos, perder a paciência. Calma blogleitor. Não fiz nada demais, senão perder a paciência. Sem grito, reclamação ou qualquer outra coisa. Puramente me senti impotente diante de uma situação simples e não soube lidar com ela.

Fala sério! 40 anos e não aguentar o mais banal quando se tem um bebê... logo um bebê que dorme às 11 da noite e desperta às 11h do dia seguinte, acorda sorrindo e "pede" pacientemente pra mamar.

Me senti um merda.

Pois é, irmão. Esse blog não está sendo escrito pra eu ir pro céu. Sei que defeito todos temos e que posso até estar me cobrando demais. O que tá pegando é minha inabilidade de ser uma pai tipo bom pra caramba e ter pouca paciência. De fato não queria estar falando nisso.

Mais uma vez, acho que me sacar já é um bom começo, ainda que acredite estar longe de um ideal como pai. Sigo tentando...

Boa noite!  

domingo, 31 de janeiro de 2010

41º Dia

Conheço uma maneira infalível de evitar uma invasão de marcianos à Terra. É assim: convide um marciano pra tomar chimarrão na sua casa no fim de dia. Primeiro que chimarrão é quente e amargo - mas eu não fico sem -, segundo  que vocês vão assistir ao jornal das 7 e das 8 juntos. Não tenha dúvida que ao final do Jornal Nacional o marciano pensará ter assistido ao filme "Alice no país das desgraceiras" e nunca mais pensará em voltar à Terra, pelo menos ao Brasil.

É tanta desgraça e tristeza que chega a ser desanimador - pra quem não está acostumado com isso - pensar em viver num lugar onde só acontece coisa ruim. Tamanho é o festival de más notícias que parece que não há coisa alguma de bom a ser reportado. É foda! Esse foi um dos motivos que me afastou do curso de Jornalismo às vésperas de me formar. É triste, mas notícia ruim é o que vende.

Falo nisso pra, talvez, justificar a insegurança que tem me cercado no mundo pós-Claudinha. Como já foi dito na música dedicada a ela, nos primeiros posts, é preciso sorte na vida e acredito piamente que cada um tem da vida o que merece - tipo lei do Karma. Dessa forma eu rezo agradecendo o que tenho e pedindo não mais do que eu mereço. Me sinto seguro assim e vai ser difícil me surpreender, embora minha vida hoje tenha um pedaço a mais...   

Fico feliz com os comentários e mensagens que recebi em relação aos últimos posts. Empatia é uma coisa que definitivamente habita a web. Em razão da preocupação de todos - e minha também - saibam que a viagem transcorreu perfeitamente bem. Dia nublado, estrada tranquila, média de 80 km/h e três paradas pra xixi, mamá e lanchinho. Às cinco da tarde chegamos a Capão da Canos, nosso destino nos próximos dias: "Spa da tia Ina", é assim que eu chamo a casa dela e é como me sinto aqui: num spa.

Com a família em segurança, de banho tomado e felizes, vamos dormir. Afinal de contas a tensão da insegurança viajou junto conosco, não nas minhas costas, mas no banco do passageiro, do meu lado. Acho que estou aprendendo a me relacionar com ela.

Áh, a Claudinha adorou a viagem. Pelo menos, dormiu o tempo todo, hehe

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

40º Dia

Quando acordei nessa manhã, tava meio grilado. Pensei que tudo estava pronto pra viagem de amanhã e que nada poderia dar errado, afinal viajaríamos no domingo, quando o movimento é menor - apesar do período de festas - e sairemos pela manhã cedinho, depois da primeira mamada, pra dar tempo de viajarmos tranquilos, parando aqui e alí, se necessário.

Só que depois desse pensamento me veio uma curiosidade de saber de onde saiu a insegurança em relação à viagem (vide post anterior). Lembrei, então, que quando eu era pequeno, entre 5 ou 7 anos, eu deitava na cama e às vezes pensava em quando meu pai ou minha mãe morresem: como eu me sentiria. É claro, nem precisa dizer que aquilo me levava às lágrimas, mas por que pensar naquilo?


Acho que a questão toda passa pelo amor. A gente ama tanto que a menor idéia de perder nos torna temerários, ou algo assim. É justo amar demais, mas daí a projetar o pior... tá beirando a paranóía. Bem, não vou estar curado desse distúrbio até amanhã, embora tomar conhecimento disso seja saudável, me parece.

De qualquer modo - louquinho ou não - vou fazer minha primeira viagem com minha família. Já sei que o percurso vai ser feito como foi o trajeto da maternidade até em casa depois que a Biquinha nasceu. Foram os 10 kilometros mais longos e demorados que eu dirigi, mas chegamos em casa sãos e salvos, apesar da ansiedade.

Amanhã, com certeza, vai ser legal. E agora eu tô um pouco menos grilado... 

Depois eu conto como foi, tá? 

 Té!   

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

39º Dia


Existe um bichinho que corrói nossa mente chamado: insegurança. Talvez ele não atrapalhe você ou, talvez, ele atrapalhe e você nem saiba. De qualquer modo, ele nos faz sermos o que não gostaríamos de ser, embora deveríamos... eu explico.

Se tem uma coisa que não me movimenta, essa coisa é o medo. Porém, descobri que sentir medo é algo circunstancial - como quase tudo na vida. Tipo, vamos viajar em dois dias e eu tenho "medo" que nessa viagem possa acontecer algum acidente. Acho que não é paranóia, nem mal agouro, mas é algo que passa pela minha cabeça.

Em qualquer momento da vida, fazer uma viagem de 350 Kilometros, ainda que seja pela bosta da BR 101, não representa nada de mais, pois é só dirigir com cuidado e evitar a ansiedade que tudo vai dar certo. o problema é que agora tenho uma ilustre passageira à bordo que merece todo o cuidado possível.

A passageira tem uma cadeirinha especial - que de tão especial levei horas pra descobrir como fixá-la no banco do carro com o cinto de segurança - e viaja com uma acompanhante a seu lado. Na frente vai um motorista atento e super prudente. Até ai tudo bem, mas e o medo de algo dar errado/

O carro tá todo verificado: freios, pneus, amortecedores, enfim. Então, se parece que tudo está em ordem , de onde sai o receio de algo dar errado?

"Bendita cabecinha que não pára de pensar
assim como tem me incomodado
com certeza, até a estrada
você vai me tranquilizar"

Criei um mantra, hehe

Depois eu conto pra vocês o que vai acontecer, ok?      

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

38º Dia


O que o Natal significa pra você? É legal pensar sobre um dia como o Natal que mobiliza a muita gente. Nesse dia, tenho certeza, muitos se sentem realmente felizes e estou igualmente certo que outro tanto de pessoas não tem muitos bons motivos pra se regozijar - gostou da expressão?

Particularmente, penso que Natal independentemente do aspecto religioso é um dia de reflexão. Por que? porque é um dia em que muita gente se reune pra comemorar e, na grade maioria dos casos, sorrir, brincar, se divertir e confraternizar - e eses são todos sentimentos bons o que acaba gerando uma energia muito positiva em torno dessa data.

Perceba, leitor, que eu me refiro ao dia e não aos dias e horas que antecedem essa comemoração - esses são recheados de estresse. E, tenha certeza, que acredito em energia positiva quando falo nela.

Por outro lado, a reflexão que esse dia enseja leva algumas pessoas à depressão. Quer seja por lembrar de entes que já não estão entre elas ou por não estarem no momento mais feliz da vida pra poder dividir alegria com outros... o que sei é que são muitas, também, as razões que fazem a gente se sentir um pouco triste nesse dia.

Onde quero chegar? Quero pensar em todos os leitores. Felizes ou entristecidos nessa hora, pra dizer que a vida é bela, por mais que haja dias em que essa beleza esteja um pouco escondida. Tem uma analogia que sempre fiz em relação à felicidade que diz que a felicidade é como sol, pois está sempre lá, basta esperar um pouquinho que ela já volta. Bom pra quem é ansioso...

Quanto a nós, tenho todos os motivos do mundo pra refletir e me sentir feliz como nunca. Embora estejamos apenas eu, minha mulher e a Claudinha em casa - o que pra alguns é chato porque não há um aglomerado de pessoas juntas - estamos super felizes e tranquilos, passando o dia e a noite que gostaríamos de ter. Uma lasanha de palmito, uma cervejinha gelada e muita paz. Áh, e também amor, hehe 

Feliz Natal pra todos!!!   

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

37º Dia


Uma gravidez bem planejada, assim pode ser resumida a nossa. Sabe por quê? Bom, no fim do ano passado, nos brincávamos de fazer um filhinho que nascesse no fim de novembro - isso não é novidade pra quem é assíduo no blog - para que esse eventual filhinho pudesse desfrutar das férias escolares (já que sou professor e minha mulher acadêmica de Serviço Social).

Não só as férias nos atraiam, mas também o calor do verão, uma vez que parece que tudo é mais fácil longe do frio. O que fizemos, então? Fomos ao carnaval na avenida e, pelo que parece,  nossos plano foi bem sucedido. Como muitos bebês brasileiros, nossa filha é fruto do carnaval - que dizem é o período mais fértil do país.

O problema que acabamos enfrentando por causa do calor tem sido bem cruel conosco e, principalmente, com nosso biquinha: brotoejas e assaduras.

Alguns defendem que Hipoglós resolve se for colocada logo após a troca de fraldas e, por isso, foi o que fizemos até alguns dias atrás. Mas não deu certo. Trocamos a pomada por uma a base de água e de novo as assaduras não iam embora. Sabe, isso é simples mas chateia pra caramba, justamente porque é simples.

Houve, aqui em casa e também na casa da sogra quem sugeriu - assim como Funchicórea pra cólicas - o uso de algo bem simples e barato, mas que soava meio "simpatia", sabe? Pois é, as mães defendendo o uso de amido de milho ao invés de tudo mais. Nós, ou mais precisamente eu, acreditávamos que a ciência e a tecnologia estavam acima do conhecimento popular... 

Enfim, o resultado mais eficaz pra resolver problemas de assuduras - em menos de uma semana: Amido de milho e não precisou nem ser maizena. Uma marca barata fez todas as dobrinhas ficarem sequinhas e a bundinha de meu amor voltou a ficar branquinha.

É, amigos, ponto pra tradição. Não que a tecnologia deva ser ignorada, nem de longe. Mas não podemos  deixar de ouvir os mais antigos, ou melhor, mais experientes.

Obrigado avós e avôs, vocês são o máximo!!! (eu um dia quero ser como vocês)   

Boa noite!

domingo, 24 de janeiro de 2010

36º Dia


Bixo, qual o seu nick name? Sim, você deve saber o que isso significa, basta ter orkut, msn, facebook, twitter ou  qualquer outro contato em redes de relacionamento. Pra quem tá por fora, o nick é o apelido que quase todas pessoas usam quando estão disponíveis online. Falo disponíveis porque muitos estão virtualmente na rede e nunca estão de fato online.

Falando nisso, minha filhinha - com muito orgulho - é fruto de relação online. É, o orkut não funcionou só pra mostrar fotos, mas pra conhecer alguém que eu amo de verdade. E eu sempre pensei que quem se relacionava na rede era só porque não tinha chances de se relacionar com alguém pessoalmente: PURO PRECONCEITO!

Aliás, defendo até hoje que o melhor meio - mais seguro, econômico e efetivo - de conhecer pessoas e de se relacionar com elas é o ambiente vitrual; depois você evolui pro real. Assim que tiver tempo de relação e, sobretudo, confiança.  

Mas falava de nick name... o meu sempre é o mesmo: edugafanhoto. Falando sério, não há nada de excitante ou sensual  em se chamar edugafanhoto, mas mesmo assim conheci algumas pessoas legais até conhecer meu atual amor. Ela se chamava: "de blusinha branca", bem sugestivo. Eu, o velho gafanhoto.

Pasaram-se três anos e nossa filhinha não tem nome composto como o pai: Carlos Eduardo. Esse nome, aliás, me possibilitou uma série de apelidos ao longo da vida. Já fui chamado de Negão, Fischer (sobrenome), Gafanhoto, Gafa, Neco, Nika Costa... um monte. Só por ter dois nomes e não um único - o que facilita a vida, eu acho.

Minha filha é Claudia, sem acentomas é chamada, em trinta e seis dias de vida, de: Biquinha - apelido oficial; Tica-tica -  quando acorda sorrindo; Lili lindinha - quando está nos braços; Sherekizinha - quando arrota depois do mamá; Macaquinha Jequisa - quando acorda no meio da noite com cabelinho erguido e suada; Cabritinha - quando dá uns gritinhos parecendo uma cabritinha; Gói gói - quando tenta dizer que está querendo dormir; Titi - quando faz carinha de quem fez cocô; incomodinha - quando chora sem lágrimas por nehuma razão aparente, senão mãnha; Molozinho - quando tá pra dormir; Didi pedalada - quando fica agitando as perninhas pro ar e, finalmente, Bolinha - quando dá vontade de apertar, apertar, apertar... 

Como a gente vê, não só nomes compostos "sofrem" com apelidos. Acho, agora, que o nome não tem nada a ver com o número de nicks. Acho, sim, que o carinho que a pessoa recebe... De qualquer modo, no nosso caso, ela vai seguir sendo chamada do jeito que o momento adequar - e eu sou o principal responsável por isso. E, pior, seguirei sendo, porque não consigo parar, hehe

Bjos, pras minhas Biquinhas!!!                

sábado, 23 de janeiro de 2010

35º Dia


Sabe quantas vacinas um bebê recebe antes de completar um ano? Eu não sei o número certo, mas sei que são várias. Dai eu me pergunto: a quantidade de doenças aumentou? Ficamos mais frágeis em relação às doenças comuns? Ou estamos mais imunes do que nunca? Também não sei, mas acho que toda essa prevenção é benéfica.

Pais de primeira viagem temem a todo sinal de que algo estranho com a saúde do bebê esteja acontecendo. Ao primeiro choro diferente já surge um grilo na cabeça: "caraca, o que tá pegando?" - é minha primeira reação quando em segundos a Claudinha decide trocar um sorriso por um choro compulsivo. É claro que depois que o choro passa volta a razão pra me deixar perceber que não era nada demais, mas até a razão  voltar...

Penso que estamos nos acostumando com o que diz respeito à saúde e, com certeza, na medida em que o tempo passa, aprendendo muito e rapidamente. Dizem que a gente relaxa já no segundo filho, porque até lá muito vai acontecer. Acho que é verdade.

De qualquer modo, seguimos respeitando e ouvindo atentamente às enfermeiras que aplicam aquelas injeções pontiagudas - que chegam a doer no próprio pai que vê aquela agulha entrando na coxinha do bebê -, ao pediatra, às mães e pais mais experientes e, também, lendo todos os sites e blogs que falam sobre como criar os filhos.

Um dia ficaremos experts no assunto e,então, poderemos pensar em aplicarmos nosso conhecimento em um projeto chamado "Claudinha II".

Quem sabe???  

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

34º Dia


Você sabe o que é hedonismo? Segundo o Aurélio, hedonismo é a "doutrina moral que considera ser o prazer a finalidade da vida". Sempre fui  seguidor desta filosofia, embora só há pouco conheci esta palavra. Sabe o trinômio sexo, drogas e rock and roll? Elas não são literais, mas representam o prazer que regeu minha geração e simbolizam  o puro prazer.

Outro dia ouvi Paulo Coelho falando sobre seu parceiro Raul Seixas e ele dizia que Raulzito só fazia o que queria e, portanto, o que lhe dava prazer. Eu fiquei pensando: como um cara que teve dois ou três filhos poderia ser assim tão hedônico na vida. Ou seria egoísta? Não, não é manifestação de inveja, mas baseado pela experiência que estou  passando, parece impossível fazer apenas o que se gosta ou, melhor, buscar prazer nas coisas sendo pai ou mãe.

Não afirmo aqui que ser pai ou mãe não dê prazer; muito pelo contrário. Porém, romper com uma vida ligada ao prazer pelo prazer e abdicar de repente disso não é nada fácil. Às vezes causa sonhos - pesadelos - e lembranças. Falo, por exemplo, de fumar, beber com amigos num bar até altas horas, ir a um festa sem preocupação de horário ou, simplesmente dormir até mais tarde num dia de chuva - sem nem ligar pra avisar sobre o atraso ou falta. 

Alguém pode dizer que eu sou irresponsável ou algo do tipo. Mas esse sou eu. O pai da Claudia, dono desse blog. Um cara que na introdução do blog mencionou uma insistente adolescência que não ia embora... 

Pois é, amigos. O blog procurava, no início, dar boas notícias a esse respeito a mim mesmo. Graças a minha família e a mim mesmo as notícias têm sido boas. Não vivo de passado porque não sou museu e sou amarrado na vida que tenho levado nesses últimos 34 dias. Não tem sido fácil, mas tem sido muito bom e estou bem perto de ser o cara que há anos gostaria de ser. 

Afinal de contas, nada melhor do que curtir bastante a vida e ai, então, começar a viver, hehe! Pai aos 40. Taí... gostei.

Valeu galera!!!   

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

33º Dia


Sempre fui um cara muito previsível, praqueles que me conhecem. Mesmo assim, pratiquei algumas incoerências ao  longo da vida que não soube bem explicar porquê. Por exemplo, praticar vários tipos de esportes durante a infância e adolescência e ter uma vida super saudável e depois, quando adulto, começar a fumar aos 22 anos de idade - e ainda assim praticar os mesmos esportes...

Outro coisa, é o fato de manter uma vida meio nômade dos 15 aos 25 anos - passando mais tempo fora do que em casa e morando em lugares diferentes - e, de repente, aos 27 anos casar e cultivar um espiríto familiar tão nuclear. Quer dizer, família é pai, mãe e filhinhos. Os outros, todos - com maior respeito, carinho e amor - ocupam seus espaços dentro e fora do coração desta família nuclear.


Onde quero chegar é o seguinte: em meu primeiro casamento desenvolvi uma forte família nuclear que viveu junto até quando esgotaram-se seus últimos argumentos e sentimentos, mas sobrou o amor sobre os frutos da relação. Já apresentei aqui o fruto dessa relação: Mary Jane - minha filhinha cachorrinha. Cocker, champagne de quase 13 anos... hoje nos deixou e foi morar com os anjinhos.

Antes de partir, essa cadelinha foi - totalmente ou parcialmente -  responsável pela felicidade e pela manutenção de um forte sentimento de uma igualmente forte família nuclear. Juntos nos supríamos, brincávamos e nos divertíamos de modo suficiente - e hoje consigo entender bem melhor o que tento explicar aqui. É impressionante o poder dos bichinhos. Não de todos, mas de alguns iluminados.


Como em outro dia a terra ficou mais colorida. Hoje ela perdeu uma corzinha. E da mesma forma que muitos eram mais felizes com a presença dela por onde passou, hoje vários estão bem tristes. De consolo serve a lembrança do brilho que ela emanava por onde exibia seu reboladinho. Agora, ficam as saudades que só não são maiores porque todos nossos momentos foram bem vividos.

O céu tá mais bonito. 

Obrigado por tudo minha nenê amada. Por sorte tu teve uma mãe corajosa e dedicada que te acompanhou até tua última hora. E todo mundo sabe, também, que poucos cachorrrinhos nesse mundo foram tão amados quanto tu foi - e seguirá sendo...

Faz, aí no céu, o que tu fez quando chegou lá em casa: rói tudinho por ai, tá? 


Só de brincadeira. E saiba que tu maninha vai saber tudo sobre ti. Pelas fotos e pelas histórias. E saiba também que tu ajudou a me ensinar o real significado da palavra amor.  


domingo, 17 de janeiro de 2010

32º Dia


O que você diz ou dirá pro seu filho(a) se ele perguntar se papai Noel existe? Pois é, irmão, estamos há uma semana do Natal e me pergunto o que dizer se tiver que responder a esta pergunta nos próximos anos.



pequena, média e grande...tudo a seu tempo

É claro que ainda não é hora de pensar realmente nisso, alguém pode dizer, mas juro que há bastante tempo penso sobre o que eu direi, porque por essa resposta passa o grau


de ternura de minha filha. E ternura é, sim, algo bem importante de ser preservado. Eu acho.

Por exemplo, será que minha filha vai brincar de boneca aos 13 anos? Não sei, mas gostaria que sim, pois se eu quero uma filha esperta - não malandra - também quero uma filha que acredite na vida e nas pessoas e que não duvide do mundo.

Brincar de boneca aos 13 anos, crer em Papai Noel ou coisas do tipo, são importantes na medida em que garantem uma coisa fundamental pra todas as crianças: a infância. Dessa forma, se depender de mim, minha gatinha não vai ser criança pra sempre, mas pra sempre vai ser minha criança, crescendo e vivendo seu tempo e sua idade.

Acho que se isso acontecer ela vai ser muito mais feliz, muito menos ansiosa e eu um pai muito mais orgulhoso e tranquilo por ter feito um ser humano viver com intensidade aquilo que nos parece ser mais valioso: nosso tempo de vida.

Então, acho que direi pra ela que Papai Noel existe no coração de cada um de nós, pois, no fundo, acho que é como todo mundo gostaria que fosse. 

Deixem todas as crianças ser o que elas podem ser de melhor: CRIANÇAS, tá?


Valeu!


 
   

sábado, 16 de janeiro de 2010

31º Dia

Você vive um vida regrada? Cheia de "hora pra isso" e "hora pra aquilo"? Se sim ou se não, experimente pensar o que seria uma vida cronometrada. A cada três horas você deve atenção exclusiva pra alguém. Mesmo que esse alguém seja MUITO especial, essa rotina não é muito fácil.

Há três anos atrás

Vejamos, por exemplo, na hora do almoço. Você amamenta seu bebê, ele dá uma dormidinha e quando você vai dar a primeira garfada  - com ele no carrinho a seu lado - o bebê ensaia um chorinho que em seguida pode se transformar em um chorão. É porque as três horas as quais me referi no início do post são pra amamentar, mas não querem dizer que as horas nesse meio tempo seja bem previsíveis. No caso do almoço, até parece que são, hehe.

O blogleitor pode achar que isso não significa nada, que o amor pelo bebê é mais importante, e você estará certo. Porém, pense no sexo, então. E tudo bem, nem precisa ser de dia. Pode ser no meio da noite com o bebê ferrado no sono. Já tentou? Se você tem um bebê e ele não esfriou uma prática meio apressada, então você tem muito sorte. Se você não entende bem o que eu falo...entenderá um dia. Tomara!   

Esse post, contudo, não traz uma reclamação. Em absoluto. Ele reafirma uma questão central nessa relação. O bom uso do tempo. Eu, pra você entender, estou gastando meu tempo agora escrevendo esse texto e tentando esquecer daquilo que há pouco tentávamos fazer, que é bem gostoso e meio raro num casal com bebê recém nascido... Se é que você me entende?!

Vou agora tomar um banhinho, pra relaxar.

Té mais! 

  

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

1º Níver


Há mais ou menos 10 meses o mundo começou a mudar e há um mês ele definitivamente está mudado. E mudado pra melhor, mais desafiador, mais arriscado, mais difícil, mais responsável e muito mais feliz. Posso apontar pelo menos 10 pessoas que são muito mais felizes hoje depois do nascimento da pequena: eu e a mamãe, nem se fala.

Sabe? O tempo de fato voa. Principalmente quando a gente faz o que gosta. E pensar que uma das minhas maiores preocupações antes de ela vir ao mundo era saber se eu iria gostar dessa idéia de paternidade. Quem acompanha o blog há alguns posts, sabe o bem que isso me fez. 

Nesse exato momento em que escrevo - 23h17 -, ouço uns resmunguinhos no carrinho ao meu lado. Parece que vem choro por ai, mas até isso já se tornou uma musiquinha tão tocada aqui em casa que, com certeza, daqui há alguns poucos anos vai ser lembrada com saudades. 

Outro dia, aliás, me disseram que a melhor maneira de diminuir as saudades do futuro é gastá-las no presente. Por isso amigo, curtir uma troca de fraldas, um banho na banheirinha ou aquecer uma mamadeira no meio da noite, passam a ser coisas muito mais legais do que cair na balada, bebendo, fumando e dançando até de madrugada - e eu que pensava que não havia coisa melhor do que isso há bem pouco tempo!?

Ser pai, por fim, é um esporte dos mais radicais, porque requer coragem, estratégia, preparo físico e psicológico e muita resistência. Essa jornada não é uma competição, embora somente a vitória interesse. Por isso é muito bom comemorar ao final de 30 dias. Afinal de contas tenho uma filha linda, sou bem casado, deixei o resto da minha adolescência tardia em algum banheiro qualquer, nem lembro como é que se fuma e  corro 6 km todos as noites... áh, e trabalho pra caramba todos os dias.

Há anos não conseguia pensar em ser feliz assim. Por isso acho que sou um vencedor.        

"Parabéns pra você
nessa data querida
muitas felicidades

muitos anos de vida!!!"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

29º Dia

"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". A frase célebre de Che Guevara, em parte, vale pra que tem um bebê recém-nascido em casa, em função de que muitas vezes as decisões tomadas em relação a essa "bolinha" pequenininha parecem cruéis e às vezes são cruéis - pelo menos para os pais.



nem sempre a vida é tranquila assim

De repente seu bebê acorda no meio da noite, por exemplo, chorando baixinho. O volume vai aumentando, aumentando até virar uma reclamação pública de que algo está acontencendo. Mas o que está acontecendo???

Há vários sites especializados - o primeiro recurso caseiro moderno de tirada de dúvidas - que apontam cinco, sete e até dez razões para um bebê chorar, o fato é que não está postado no site de consulta qual deles é responsável por fazer os pais tontos de sono girarem feitos bôbos, naquele momento, ou a qualquer hora do dia...ou da noite, hehe.

Então, o bebê chora, bravo e decidi não parar por cerca de alguns minutos - e até derrama algumas lagrimasinhas minúsculas, mas lágrimas que te enchem de pena - e vc não tem idéia do porquê. Pare, deixe ele chorando por alguns segundos - seja cruel e forte - e pense: o que foi que vc deixou de fazer ou pode estar acontecendo???

Conheça um check list infalível para diagnosticar por que seu bebê está chorando:

Fome - quando foi a última mamada?
Higiene - tá xixí ou cocô?
Temperatura - o bebê tá confortável?
Carência - tá fazendo manha?
Problema - é cólica?

Bom, e a crueldade? Onde está o "hay que endurecerse ..." ??? Bem, se vc consegue ser racional a ponto de usar o check list parado, pensando, enquanto seu filhinho ou filhinha chora e grita sem parar, sem dúvida é cruel e frio; sem com isso ser mau. Acho até que vc deve ser um bom pai ou mãe ou já está no segundo ou terceiro filho.

Quanto a nós. Ainda não conseguimos ser frios nem cruéis o suficiente a ponto de sermos inteligentes o bastante pra não nos irritarmos - às vezes - nem sofrermos com o chorinho contínuo. Por sorte nossa pitika é tranquila, mas bem que de vez em quando eu gostaria de ser mais inteligente. Talvez... um pouco frio... ou cruel, hahaha!

Qui dureza, amigos!!!   



  

domingo, 10 de janeiro de 2010

28º Dia


Qual é a melhor idade para as mulheres se tornarem mães? Essa pergunta foi feita no blog e com a ressalva de desconsiderar os aspectos biológicos que a envolvem. Embora poucas pessoas tenham participado, o resultado de 50% das participantes foi na faixa dos 35 aos 40 anos. Surpreendente? Acho que não.

Sabe, nossos tempos são tão rápidos e a ascensão das mulheres a mais e melhores postos de trabalho é tão evidente que elas parecem não querem retardar o melhor momento da vida profissional e acadêmica pra estudar, se inserir e se promover no emprego. E isso é puramente plausível e, até, lógico.

Mas se essa mesma pergunta fosse feita pros homens. Qual seria a resposta. Acredito que os percentuais entre os homens seriam os mesmos das mulheres, porém os motivos diferentes. Em relação aos motivos, quero ter um tempo pra pensar um pouco mais e também permitir ao blogleitor que reflita sobre o tema e se manifeste, ok?

Eu apenas gostaria de alimentar o fogo da dúvida com o fato de a falta de maturidade ser um fator determinante de sucesso do pai, como pai, da relação e, principalmente da própria criança. Afinal de contas, qualquer desequilibrio neste triângulo pode gerar graves sequelas num futuro próximo das partes.

O que realmente quero dizer é que tudo é muito bonito no mundo das fotos e vídeos, mas que o dia a dia, ainda que regado de muito amor é difícil, às vezes, e... haja controle. Por isso, pensar que um homem e todos seus hormõnios da juventude conseguem segurar um barra de ser pai e querer ser um bom pai é MUITO DURO além de ser uma tarefa hercúlia (gostou do termo?). 

Porque, como você sabe, fazer um filho ou "treinar" incansavelmente é a melhor parte da festa e não requer  paciência, dedicação, traquilidade, cumplicidade nem, necessariamente, amor. Sendo assim, amigo, se você ainda não "produziu" um serzinho humano, pense bem - muito bem - a respeito.

Acima da sua idade estão sua maturidade, seu desejo, condição financeira e principalmente situação psicológica. Se voce achar que seu check list está completo e o da sua parceira também, então parece que você está pronto para se tornar pai.

Boa sorte!!!      

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

27º Dia


Você já deve ter ouvido que enquantos os pais educam os avós deseducam, certo? Não sei se isso é verdade, pelo menos ainda - tampouco sei se o verbo deseducar existe - apenas sei que a avó dessa gatinha parece que vai "deseducá-la", no bom sentido, claro.

Bom, pra começar a conversa, vamos a um breve histórico da vó "Sassá". Ela, assim como meu pai, há muito queriam netos. Quando digo isso não afirmo que seja obrigação de um filho presentear seus pais com netos apenas pq eles assim querem, mas, digamos que é um belo presente - sobretudo quando é dado em vida. De qualquer forma, já no dias iniciais dias do meu primeiro casamento eu recebera um sapatinho de bebê como presente. Não sei se havia um tipo de "trabalho" no sapatinho, mas se havia, era fraco pois não vingou assim como o casamento. 

Imagino a frustração da mãe ao ver o filho mais velho e casado não ter tido sucesso em sua relação. Isso, além de tudo, implicava no retardo do nascimento do primeiro neto. Meu outro irmão, também já era casado, porém parecia que iria levar mais algum tempo até conceber um filhinho. Pra piorar, dos oito irmãos de minha mãe - quase todos com oito filhos, em média - não faltavam netos e até bisnetos. Como desgraça pouca era bobagem, meus primos, mais novos que eu e meu irmão, também já carregavam crianças no colo.

Todo esse cenário não me aborrecia, exceto pelo fato que era evidente o interesse da futura avó por seus netos. Como você já sabem, eu aos 39 anos e 44 segundos do segundo tempo dei essa honra pra ela, contudo três anos antes meu irmão já tinha dado a ela essa felicidade - o que me tirou uma grande carga dos ombros. Ele teve um menino e eu uma menina. Agora esse casal é o motivo de orgulho daquela que levou anos pra ser chamada de vó e que tem mais muitos anos pra exercer essa função e, até deseducar nosso filhos, por que não?

Afinal de contas, essa netinha foi feita também com a receita secreta de amor da vó" Sassá". E por isso ela PODE.    

Gde abraço a todos!!!