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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

51º Dia

Você conhece Capão da Canoa? E Floripa? Pois é, comparar as duas cidades é barra. Estamos em Capão e mesmo a Claudinha sendo mané, foi conhecer hoje o mar... de Capão. Nada contra, mas é um pouco irônica a situação.

Esperamos o sol abrandar e, já que não tinha vento forte, nos preparamos para levá-la à beira da praia. Quem tem filho pequeno sabe que há um kit obrigatório para emergências que deve estar sempre por perto quando a família vai dar um passeio. Montamos, conferimos atentamente o tal do kit e partimos.

Ao chegarmos, depois de descer guarda-sol, bolsa disso, bolsa daquilo e mais alguma coisa fomos desembarcar a peça principal da jornada. Foi nessa hora que descobrimos que ela tinha caido no sono. "Tudo bem, daqui a pouco acorda."

Armamos acampamento e esperamos até a Pitika acordar para tirarmos as primeiras fotos na orla gaúcha. Esperamos. Esperamos mais um pouquinho e vimos que ao longe uma nuvem espessa e escura se aproximava.  Rimos coma hipótese da chuva e nos distraímos para esperar mais um pouco.

Não preciso dizer com todas as letras o que aconteceu, pois aconteceu.  Saimos correndo, fugimos da chuvarada e a Claudinha acordou. No carro pra voltar pra casa.

*Áh, descobri a etmologia da palavra "paixão". Vem de paisanos, do latim, que quer dizer paizão, aquele que tudo faz e que depois de dois meses começa a ser identificado pelos filhos. Essa foi boa, né - hehe - ?

EBA!!! 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

50º Dia

Sou um cara pragmático. Prático e muito pouco teórico. Isso é bom? Não sei, mas tem a ver com minha agitação e ansiedade crônicas. O lado ruim, é que que tenho preguiça de pesquisar o tanto quanto seria necessário sobre tópicos do cotidiano. 

Onde quero chegar é aqui: será que a psicologia aprova os pais que aceitam e mantém a manha dos filhos. Tipo, é correto pegar um bebê no colo quando ele começa a chorar sabendo que ele está trocado, alimentado e sem problema algum de cólica, por exemplo? Pegá-lo no colo quando você acha e tem certeza que é pura manha???

Não sei, por isso questiono e confesso que não fui pesquisar ainda, mas tô curioso pra saber se o que eu acho é senso comum ou se estou errado. Áh, e não venha me dizer pra aproveitar essa época porque ela passa rápido... disso eu sei e aproveito bem nossos momentos juntos, mas não quero deseducar.

Como alguns de vocês sabem, estamos no paraíso de férias. E o paraíso tem muitas pessoas que nos ajudam a cuidar da Claudinha. Sendo assim, podemos curtir o descanso um pouco mais do que nos primeiros dias pós nascimento. Então, quando ela chora, sempre tem uma alma voluntariosa que quer abraçá-la e pegá-la no colo. Quase tudo mundo gosta disso - não todos os dias - , mas muitos adoram.

Nessa cena, destaco o chorinho antes de dormir que tem sido amparado por mãos cuidadosas e macias, dando moral à "nova" manha. Parece que desta forma essas mãos caridosas estão desenvolvendo uma mania - se é que posso chamar assim - em nossa filhinha que nem sempre será possível por nós dois - pais - suprir. Desta forma, como não somos onipotentes nem presentes, como faremos pra acalmar o ânimo de nossa filhinha quando ela quiser, meramente, colinho antes de dormir? 

Devo lembrar que um bebê de quase dois meses dorme uma cinco vezes ao dia e se o "colinho pré-sono" virar moda, nosso tempo pode não ser suficiente pra fazer tudo o que precisamos fazer. Também, nem sempre ao longo da vida estaremos por perto pra embalar o soninha de nossa filha.  

Não sei me expressei direito e tenho certeza que esse tópico merece maiores considerações e opiniões de pais mais experientes ou coisa do tipo. O que tenho certeza é que quero o melhor pra pequena e tenho dúvidas sobre se fomentar "manha" é um bom presente pra quem se ama e pra quem se pretende educar da melhor forma possível.

Desabafei e quero ouvir alguém... Enquanto isso, vou pesquisar na web ou em livros de psicologia. Quem puder ajudar, por favor!
  

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

49º Dia

Você sabe quem escreveu essa frase? "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria". Quem a escreveu foi Machado de Assis, na publicação de 1881 do livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Essa sentença 1000% deprê encerra esse livro que, pra mim, é um dos melhores da literatura brasileira.

Tá e daí? Dai que em momentos de baixa da minha vida, anos atrás, já tinha me apropriado dessa frase, por pensar que de fato pôr um filho no mundo, além de responsa, é algo arriscado demais... Eu explico: o mundo tá violento, cheio de desgraças naturais e novas doenças fatais. Agora mesmo, não pára de chover no Rio e São Paulo e pessoas morrem às pencas...

Ok. Tô sendo tipo derrotista ou pessimista. Mas tô tentando dizer porque pensei como Machado de Assis no passado. Não que eu queira evitar de ouvir um dia: "Eu não pedi pra nascer nesse mundo de merda!", a questão é mais séria. Não quero ter de vivenciar um desfortúnio mais grave de um filho nesse mundo atual. 

Uma das coisas que me faz mais tranquilo é morar em Florianópolis. Em porto Alegre, de onde eu sou, não teria a mesma sensação. Por outro lado, milhares de pessoas moram no Rio de janeiro, por exemplo, sem nunca ter sido assaltadas. Alguns diriam: "Mas como?". Basta sorte, sorte na vida.

Quem conhece a música da Claudinha - mostrada  no post "trilha sonora" - sabe do que falo. Então, amigos, na real acho melhor relaxar, cuidar dela o tanto quanto eu puder e torcer pra que no futuro dela a sorte, também chamada de anjinho da guarda, esteja sempre presente.

Áh, e você não duvida de que o que penso sobre a frase de Machado de Assis é: aqueles eram outros tempos e ele era outro homem, não eu, o Super Papo da Claudinha. 

Eu tenho a forçaaa!!!     

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

48º Dia

Como funciona o seu relógio biológico? É bem acertadinho ou funciona como um G-shock made in Paraguai? O meu acho que veio de algum lugar mais barato do que o Paraguai - com todo respeito - e faz o que quer comigo. 

Já o reloginho da Claudinha parece Suiço. Desde que ela nasceu são 3 horas pra mamar; 1h30 pra ficar acordada e 30 min pra ficar acordadinha pra próxima mamada. Anteontem, porém, ela inaugurou uma nova fase: 9 horas initerruptas de sono. 

Não quis comentar isso antes pra não me antecipar e divulgar uma anomalia. Mas agora ela já repetiu 3 noites seguidas e acho que já podemos "comemorar" essa mudança, afinal de contas ela nos deu noites mais bem dormidas e isso é muito bom.

Bem, caso o blogleitor não tenha realizado, a Claudinha está próxima dos dois meses e tem alterado lentamente seu comportamento, mas cada mudança tem sido uma bela descoberta. Essa última, então, foi muito bem vinda, pois ,dizem, o sono promove o crescimento.

Se isso é verdade eu deveria ter bem mais de 1m e 72cm, mas isso vale somente pros bebês. Pena, hehe.

        minha filha tá ficando grandona

O fato é que perceber mudanças pra quem vive tão perto é difícil. Além dos balbucios, do peso e dos sorrisos mais induzidos, a gente tem mais é amado e amado essa pequena. E hoje, agradecido pelo soninho prolongado. Uhuu!!!

Valeu!
    

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

47º Dia

Estamos no ano novo! Tenho certeza que 2010 vai ser 10, hehe - que piadinha -! Sei que esse é um ano especial, a começar pelas resoluções concebida ontem e futuramente adotadas.   

Esse blog fala iminentemente de tempo, afinal de contas sua proposta é relatar em 365 crônicas os sentimentos que acompanham a mim e minha filhotinha. Sendo assim, não fica muito difícil entender a primeira resolução: ser o mais saudável possível, fazendo exercícios regulares e, assim, sufocar os últimos desejos de fumar. Afinal de contas, eu - por promessa - devo chegar firme e forte até os 75 anos de idade pra participar do 35º aniversário da pequena, pelo menos.

Minha segunda resolução também é sobre o tempo. O tempo que eu devo destinar pra minha família. Como já disse, esse blog é pra falar da nossa relação, mas pra eu ter o que dizer tenho de estar presente nestes primeiros doze meses - e sempre. Aliás, já me arrepia a idéia de ter de deixá-la em uma creche ou coisa do tipo. De todo o jeito, é meu compromisso estar com elas - minhas meninas - o máximo possível pra não perder nada.

Minha terceira resolução, pra variar, vai de novo ao encontro do tempo. Quero coordenar meu tempo de trabalho pra ser eficiente no menor prazo possível. Desse jeito, então, vou ter o bendito tempo de cumprir com as duas primeiras resoluções. E com 40 anos de idade, já tá na hora de eu acertar meu relógio.,Fala sério!

Pois é, amigos. Nem eu tinha percebido a importância desse cara que rege nossas vidas de maneira impiedosa. Porque com ele não tem brincadeira: perdeu...passou. Por falar nisso, com licença, mas vou ver o que o Biquinha quer. Ela começou a chorar e parece que tá me chamando pra ficar com ela, só pra passarmos um tempinho juntos, hehe.    



Té mais tarde!!! 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

46º Dia

Chegamos ao fim de 2009. Um longo, ansioso, mas bom ano. Sempre fiz minhas resoluções de ano novo nesse dia, embora muitas delas tenham sido rigorosamente balelas. Esse ano é diferente.

Aqui, no "Spa da Tia Ina", onde passamos alguns dias de férias, no ano passado esqueci um livro de Empreendedorismo. Nesse livro havia um exercício - bem interessante a todos, apesar de difícil - que pedia  que o leitor projetasse sua vida para os próximos 06 meses, 01 ano, 05 anos, 10, 15 e 20. 

Em princípio é uma tarefa legal, pois "brinca" de prever o futuro, mas se for levada á sério, ela nos mostra como nossa vida é orientada pela música do Zeca Pagodinho que diz "Deixa vida me levar, vida leva eu...". Nada contra essa filosofia, que preserva a tranquilidade humana na íntegra. Mas não serve pra mim.

Enfim, encontrei meu livro que trazia o exercício citado preenchido. Tal foi a surpresa que tive quando entre os objetivos para 2009 estava em primeiro lugar : ter um filho - na tarefa que pedia as prioridades para os próximos 12 meses. Juro que não lembrava de ter escrito isso, embora essa idéia estivesse latente e já tinha sido debatida entre os interessados, não contava com tamanha precisão.

De qualquer modo, não escrevo esse post pra me gabar sobre meu cumprimento de metas, afinal de contas existe, ou melhor, existia algo que constava há anos em minha lista de objetivo ou resoluções para o próximo ano  e acho que muitos leitores sabem do que trata: parar de fumar. 

Pois bem, saibam que no exercício do livro do ano passado esse objetivo estava presente, mas para 06 meses. Errei por 06, mas consegui. Hoje comemoramos não só a chegada de um novo ano, mas o (re)nascimento de um novo homem. Se não novo...bem melhor.

Depois falamos sobre resoluções, ok?








Ótimo 2010 pra todos nós!!! 
  

     

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

45º Dia

Hoje pela manhã eu corria na praia em Capão da Canoa. Quem conhece Capão da Canoa sabe que não se trata do lugar de mais beleza natural do mundo, mas ela tem um charme. Não, não me refiro às donzelas que desfilam de Norte à Sul na areia, mas a um movimento de pessoas diferente do encontrado aqui em Floripa.


O que me chamou a atenção - pela primeira vez - foi ver as pessoas sentadas na beira do mar (crianças, jovens, adultos e velhos), todas juntas,  esperando as ondas baterem em seus corpos , como se eles fossem castelos de areia varridos pelas marolas. Alguns podem pensar : que pieguiçe! mas ali vi o que de melhor se pode esperar de um dia de sol à praia.

Já reparou na dança das familias? É, no zelo que os pais empregam pra distrair e brincar com seus filhos? Cara, então você vê um menininho peladinho correndo pro mar e voltando, rolando na areia - brincando de croquete - sorrindo e pulando as ondinhas que correm atrás dele. Se preferir, você tem a menina de mãos dadas com o pai que aponta pro mar e explica calmamente os perigos que o mar apresenta e como conviver bem com a imensidão azul.

Não sei se você me entende, nem se não estou muito sensível hoje. O que sei é que me projetei naquelas figuras paternas e também maternas pra entender como aquelas pessoas podiam estar tão felizes numa praia tão meia boca como aquela - e olha que me criei lá - num dia quente, embora nublado. Por fim, acho que descobri que o belo não está nos nossos olhos, mas fundamentalmente nos corações.

Ou seja amigo, não busque apressadamente a felicidade, pois nessa busca você pode tê-la ultrapassado e nem teve tempo de vê-la. E isso serve bem direitinho pra mim.

Abraços! 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

44º Dia

Sou sagitariano, embora muito pouco ligado ao zodíaco. O que sei é que as características dos signos são bastante incidentes sobre as pessoas que os compartilham. Tipo, sei que sagitarianos são ligados ao estudo, aos esportes, são idealistas, otimistas e agitados, por essência. Mas isso não quer dizer que outras pessoas de signos diferentes também não sejam assim.

Alguns de vocês sabem que minha filha tinha, inicialmente, a possibilidade de nascer no dia 23 de novembro - dia da semana do plantão do obstetra - e, também, chance de nascer dia 24, no dia do meu aniversário. O caso é que em ambas as datas ela seria sagitariana o que eu não tinha certeza de ser algo bom.

Não, não sou supersticioso nem nada do tipo, apenas sempre associei a idéia de as pessoas do signo de sagitário serem agitadas - confira as que vc conhece -e, sendo assim, a Claudinha iria sofrer do mesmo mau do pai: ser agitata e ansiosa... Que combinação!!! Excelente pra que não gosta de parar nehum segundo.

Quis o destino que ela nascesse de escorpião - o que vamos debater mais tarde. Se isso é bom ou não, na real nunca saberei, afinal de contas só pode ser algo de muito bom, assim como ela é. Mas que é melhor que sagitário... pior não pode ser.


Ou será que é só comigo???  
   

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

43º Dia

Você sofre de ansiedade ou aprendeu a conviver na boa com ela e parou de sofrer??? Eu queria fazer uma grande enquete pra tentar saber um pouco sobre essa bosta. Não creio que eu seja o único a ter essa inimiga, mas gostaria da solidariedade de quem tem a mesma "doença" que eu, quantos são - muitos ou poucos - e, principalmente, como vivem essas pessoas com esse mau.

Quem leu o post de ontem sabe que eu tava puto pela impaciência que mais senti do que demonstrei em relação ao choro da Claudinha, justo num momento em que não havia razão nenhuma ao redor pra me sentir estressado. Na real, impaciência é um dos sintomas de algo maior - que acho - chamado: ansiedade.

Mas por que? 

Viver em um "spa" é bom, como já disse, o problema é que depois que você descansa está descansado e dai, sente que precisa se cansar de novo com algo. Tá bom, fui surfar, corri na beira da praia, mas a cabeça ficou lá latejando idéias que não foram laboradas, afinal de contas ninguém sai de férias pra pensar em trabalho, né?

Pode ser que seja um indício de que eu seja workaholic. Mas como, se ninguém é mais vagabundo que eu - acho que no bom sentido (se é que há) -, gosta de acordar tarde, de ficar de papo pro ar... Santa incoerência! Ser agitado de corpo e mente não é de todo ruim, mas provoca algumas situações de indagação / indignição como a de hoje.

Bom, vou seguir analisando meu comportamento, pra me descobrir mais. Lembrem que aceito e agradeço pelas participações e sugestões sobre o tema. Aliás, se você não sabe, escrever diariamente um blog cronológico - como esse se propõe - provoca uma ansiedade danada. E olha que ainda restam alguns posts.

Apenas 322, pra ser preciso que serão escritos com muito prazer e... alguma ansiedade, hehe

Valeu!!!       

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

42º Dia

A idéia de estar em um spa é boa pra todomundo, sem dúvida. Ela combina com sossego, relaxamento, boa comida e sono profundo. É onde a família Fischer se encontra no final de 2009. A casa da Tia Ina definitivamente é isso.

Nesse contexto, outro dia me surpreendi comigo mesmo a ponto de pensar: eu não sou um bom pai - pelo menos o "bom" que eu gostaria de ser. Basicamente, digo isso porque embora estejamos no paraíso, eu tenha me sentido algo que sempre desconfiei e nunca assumi - mesmo sendo professor - eu sou um cara impaciente.

Em algumas situações, como em uma fila de banco, por exemplo, perco o saco e não me penalizo ou quando uma turma ou aluno ultrapassa o limite do "meu" aceitável, sei ser bem incisivo quando perco a paciência, às vezes até demais. O problema é que quando não havia a menor possibilidade de se sentir estressado, me senti.

Em uma situação comum de choro - não aparentemente explicável - não deve um pai, que ama tanto a filha quanto eu e que a espera há anos, perder a paciência. Calma blogleitor. Não fiz nada demais, senão perder a paciência. Sem grito, reclamação ou qualquer outra coisa. Puramente me senti impotente diante de uma situação simples e não soube lidar com ela.

Fala sério! 40 anos e não aguentar o mais banal quando se tem um bebê... logo um bebê que dorme às 11 da noite e desperta às 11h do dia seguinte, acorda sorrindo e "pede" pacientemente pra mamar.

Me senti um merda.

Pois é, irmão. Esse blog não está sendo escrito pra eu ir pro céu. Sei que defeito todos temos e que posso até estar me cobrando demais. O que tá pegando é minha inabilidade de ser uma pai tipo bom pra caramba e ter pouca paciência. De fato não queria estar falando nisso.

Mais uma vez, acho que me sacar já é um bom começo, ainda que acredite estar longe de um ideal como pai. Sigo tentando...

Boa noite!